Europa revê roteiro de vacinação contra Covid-19 após fracasso inicial
A Europa, alvo de críticas por se atrapalhar com a distribuição de vacinas contra a Covid-19 e enfrentar uma nova onda de infecções, está correndo para acelerar o ritmo das aplicações de doses e evitar ficar ainda mais atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Em Paris, o venerado estádio nacional de futebol está sendo transformado em um grande polo de vacinação em massa.
Já a Itália, que soma 20 mil infecções diárias, colocou o Exército e a Agência de Defesa Civil a cargo do esforço depois que o novo primeiro-ministro, Mario Draghi, demitiu o czar de vacinas do país.
Durante a Páscoa, o Estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália afrouxará as regras sobre quem pode receber as 450 mil doses da vacina da AstraZeneca.
Preocupações com coágulos levaram o país a limitar a vacina a pessoas de mais de 60 anos, mas a Renânia do Norte-Vestfália torce para que suas medidas permitam que mais pessoas desta faixa etária recebam uma primeira dose.
O caos da distribuição europeia de vacinas é exacerbado pelas disputas a respeito das exportações do remédio, temores de saúde com o imunizante da AstraZeneca e alguns atrasos temporários de entregas que afetam vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca.
A Europa foi mais lenta do que o Reino Unido e os EUA não somente para encomendar vacinas de empresas no ano passado, mas para aprová-las e, mesmo depois de aprovadas, as taxas de vacinação estão decepcionantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que só 4% dos 750 milhões de habitantes de 53 países da Europa continental, da mais rica Escandinávia aos países mais pobres dos Bálcãs, já foram totalmente vacinadas, um quarto da cifra norte-americana.