Europa: Índices encerram na mínima em 2 meses com preocupações sobre China
Os índices acionários europeus fecharam em queda nesta segunda-feira, para mínimas em dois meses, com vendas generalizadas ditadas por uma piora nas tensões comerciais, que levou o iuan ao menor patamar em mais de uma década e pressionou as ações sensíveis ao comércio, como as de mineração e artigos de luxo e tecnologia.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 2,34%, a 1.454 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 2,31%, a 369 pontos.
O STOXX 600 já tinha sofrido forte queda na sexta-feira. Com isso, a baixa acumulada em dois pregões é a mais intensa em mais de três anos, com operadores abrindo mão de suas posições em ações para apostar em ativos de segurança, como títulos do governo.
As ações dos grupos de mineração Rio Tinto e BHP recuaram mais de 2%, enquanto a produtora de aço ArcelorMittal perderam mais de 4%, após a China permitir que o iuan rompesse a marca de 7 por dólar. A perda de valor da moeda chinesa torna o cobre e o ferro mais caros no maior mercado global das commodities.
O índice acionário ligado à commodities recuou 2,9%, para seu menor nível em sete meses.
A movimentação do iuan nesta segunda-feira foi vista como um sinal claro de que a China não recuará diante da ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de novas tarifas sobre importações, o que significa que o conflito comercial pode piorar. Trump chamou o movimento de “manipulação cambial” e “violação grave”.
As ações de empresas de artigos de luxo, como as da LVMH (controladora da Louis Vuitton) e Swatch –que possuem grande parte de suas receitas vindas da China–, recuaram entre 3,9% e 6,8%, pressionando o índice de bens pessoais e domésticos para uma queda de 3,5% –a maior entre os principais setores.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 2,34%, a 1.454 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 2,47%, a 7.223 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,80%, a 11.658 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,19%, a 5.241 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,30%, a 20.773 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,35%, a 8.777 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,07%, a 4.851 pontos.