Internacional

Europa está mais perto de consenso para zerar emissões até 2050

04 out 2019, 8:14 - atualizado em 04 out 2019, 8:14
Euro Europa União Europeia
Colocar a UE no caminho para cumprir a meta de 2050 significaria uma transformação da economia que afetaria vários segmentos (Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

A iniciativa da União Europeia de estabelecer uma data para eliminar as emissões de gases de efeito estufa deu um passo adiante na quinta-feira, quando um opositor de peso cedeu ao plano.

O primeiro-ministro da Estônia, Jüri Ratas, disse que vai se unir a outros 24 líderes da UE para apoiar uma meta de zerar as emissões líquidas até 2050. Ministros do meio ambiente da UE se reúnem nesta sexta-feira.

A mudança sugere que Ursula von der Leyen está conseguindo mais apoio em meio à sua ambição de colocar o meio ambiente no centro da agenda da UE, quando ela assumir a presidência da Comissão Europeia no próximo mês. Em junho, a Estônia habia se unido à Polônia, Hungria e República Tcheca para impedir que os líderes da UE se comprometessem com o objetivo.

“A neutralidade climática até 2050 é o novo normal”, disse Karsten Sach, diretor-geral do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, em entrevista em Luxemburgo antes da reunião ambiental. “Claramente, o debate está esquentando.”

A batalha contra as mudanças climáticas ganha cada vez mais destaque na agenda política da Europa diante da preocupação dos eleitores com o aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos.

Colocar a UE no caminho para cumprir a meta de 2050 significaria uma transformação da economia que afetaria vários segmentos, como transporte, agricultura, produção de energia e planejamento das cidades.

O custo, no entanto, é bem alto.

A Comissão Europeia estima que o sistema e a infraestrutura de energia precisarão de um investimento extra de 175 bilhões de euros (US$ 190 bilhões) a 290 bilhões de euros por ano a partir de 2030.

Os que são contra uma ação rápida usam o argumento do custo para desacelerar as negociações e receber mais ajuda financeira.

Diplomatas da UE insistem que os antigos países comunistas acabarão se alinhando quando a meta de von der Leyen voltar à cúpula dos líderes europeus em dezembro, com um pacote para ajudar as economias mais pobres e dependentes de carvão.

A comissão, o braço regulador da UE, precisa de apoio político de todos os chefes de Estado antes de propor leis detalhadas nos próximos anos sobre como atender aos novos objetivos climáticos.

“Definitivamente, chegaremos a um acordo”, disse Eva Svedling, secretária de Estado sueca para o Clima. “Precisamos de todos a bordo.”

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