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Europa: ações da Ericsson despencam por expectativa negativa nas margens brutas

17 jul 2019, 9:53 - atualizado em 17 jul 2019, 10:02
Ericsson
Ações da companhia sueca despencam em Estocolmo (Imagem: Facebook Ericsson)

Por Geoffrey Smith/Investing.com 

Não é suficiente para o presidente Donald Trump lançar uma chave na máquina do seu maior concorrente: o sucesso ainda precisa ser conquistado.

Esse parece ser o grande ensinamento que podemos tirar dos mais recentes números trimestrais da Ericsson (ERICb).

A fabricante sueca de equipamentos para redes de telecomunicações tem sido uma das principais beneficiárias das dificuldades impostas à Huawei pelo governo dos EUA, como parte de suas tentativas mais amplas de conter a crescente influência chinesa no comércio e na tecnologia mundiais. Suas ações subiram 80% nos 12 meses até abril, à medida que os problemas do concorrente chinês com Washington se intensificaram.

No entanto, elas caíam 9% no meio da manhã em Estocolmo depois que a Ericsson (ERICAs) alertou que levaria um grande golpe em suas margens brutas, a fim de reconquistar participação de mercado – mesmo que tenha atingido novamente uma nota otimista sobre uma perspectiva de longo prazo que é dominada pelo lançamento global da tecnologia 5G.

Para efeito de comparação, o índice de referência local caía 0,4%, enquanto o Stoxx 600 caía menos de 0,1%, consolidando os ganhos obtidos na primeira metade da semana. O FTSE 100 caía 0,2% devido a preocupações políticas no Reino Unido, enquanto o alemão Dax caía 0,1%

“Contratos estratégicos em redes, com margens inicialmente baixas, tomadas para fortalecer a posição de mercado, terão um impacto negativo na margem bruta”, disse a empresa.

E acrescentou que “o impacto negativo deverá aumentar no 2º semestre de 2019”, mas não comprometeria sua meta de margem para 2020, ano em que espera que seus investimentos em 5G comecem a compensar de forma mais acentuada.

A Ericsson também alertou que a mudança para vendas mais baseadas em serviços na América do Norte aumentará a pressão sobre as margens, ainda que gradualmente.

As advertências pareciam atingir seu maior rival europeu também. As ações da Nokia (HE:NOKIA) – que não se recuperaram dos estragos da Huawei no mesmo patamar que a da Ericsson, caíam 1,4%

A Ericsson ainda conseguiu registrar um grande balanço para lucrar, com lucro líquido de 1,8 bilhão de coroas (US$ 192 milhões), enquanto o custo das reestruturações anteriores se desvanecia no passado. Também cortou sua orientação para custos futuros de reestruturação em 1 bilhão de coroas suecas