Internacional

Europa cogita restrições de Natal ao ver crescimento da Ômicron

20 dez 2021, 11:36 - atualizado em 20 dez 2021, 11:36
Pessoas usando máscaras passam por restaurante fechado em Paris em meio à pandemia de Covid-19 na França 06/05/2021
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou no sábado a ordem de fechar todas as lojas não essenciais de domingo até ao menos 14 de janeiro (Imagem: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

O Reino Unido se recusou a descartar restrições a aglomerações nesta segunda-feira, um dia depois de a Holanda impor um quarto lockdown provocado pela variante Ômicron do coronavírus, que se propaga rapidamente, enquanto outros países europeus cogitam adotar limites às comemorações de Natal.

As infecções de Ômicron estão se multiplicando rapidamente na Europa e nos Estados Unidos, dobrando a cada dois ou três dias em Londres e em outros locais e impondo um grande fardo aos mercados financeiros, que temem o impacto na recuperação econômica global.

A variante foi detectada pela primeira vez no mês passado no sul da África e em Hong Kong e já foi relatada em ao menos 89 países. A gravidade da doença que ela causa ainda não é clara.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou no sábado a ordem de fechar todas as lojas não essenciais, assim como restaurantes, cabeleireiros, academias de ginástica, museus e outros espaços público de domingo até ao menos 14 de janeiro.

Também no Reino Unido, doze pessoas infectadas com a Ômicron morreram, disse o vice-premiê Dominic Raab nesta segunda-feira, recusando-se a descartar um endurecimento das restrições sociais antes do Natal.

“Simplesmente não posso dar garantias absolutas e rápidas”, disse ele à Rádio Times. “Ao avaliar a situação, somos muito dependentes dos dados concretos chegando e levará um pouco mais de tempo para avaliar esta questão crítica da gravidade da Ômicron.”

No domingo, o ministro da Saúde, Sajid Javid, disse que o governo está acompanhando os dados atentamente. Qualquer decisão de limitar como as pessoas comemoram o Natal teria um custo político alto para o premiê Boris Johnson, cuja autoridade foi minada por dúvidas sobre ele e sua equipe terem violado regras de lockdown no ano passado.

A comissão científica de aconselhamento do governo alemão disse em um comunicado emitido no domingo que é necessário limitar mais os contatos, já que dados obtidos até o momento mostram que as vacinas de reforço não bastarão para conter a disseminação do vírus.

O premiê estadual da Renânia do Norte-Vestfália, na Alemanha, Hendrik Wuest, não descartou restrições de contato para pessoas que estão totalmente vacinadas ou receberam vacinas de reforço.

Na sexta-feira, a Irlanda ordenou que bares e restaurantes fechem às 20h e diminuiu a presença do público em todos os eventos públicos.

A Itália também cogita novas medidas para evitar uma disparada de infecções, noticiaram jornais no domingo.