Euro perde força e testa marca de US$ 1 após BCE
O euro reagiu em baixa à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de elevar a taxa de juros na região da moeda única em 0,75 ponto percentual (pp). Por volta das 9h20, o euro estava estável, cotado a US$ 1,0008, depois de cair a US$ 0,9978 na mínima do dia, logo após o anúncio do BCE.
Foi o segundo aumento seguido na taxa de juros da zona do euro, apertando o ritmo do ciclo de alta, que começou com aumento de 0,50 pp em julho – o primeiro em 11 anos. Em comunicado, o BCE sinalizou novas altas nas próximas reuniões.
Para a decisão deste mês, havia divergência entre analistas sobre o tamanho da alta, se de 0,75 pp ou de 0,50 pp. Segundo o BCE, mais aumentos devem ocorrer em resposta à inflação, que permanece “alta demais”.
Guarda alta na luta contra a inflação
“O BCE tirou as luvas para combater a inflação“, avalia o chefe de macro global do ING, Carsten Brzeski, em relatório.
Para ele, o BCE optou pelo aumento mais agressivo na taxa de juros e deu a impressão de estar determinando em fazer mais na luta contra a alta dos preços.
“Com a decisão de hoje, fica claro que o BCE se juntou ao grupo de bancos centrais focados em reduzir a inflação”, diz Brzeski.
Mas e os riscos de recessão?
A dúvida, porém, é quão disposto estaria o BCE em continuar subindo os juros de forma agressiva em meio aos riscos de recessão.
“Apertar os juros enquanto se caminha em direção a uma recessão é uma coisa, apertar enquanto já se está em uma, é outra”, conclui o especialista do ING.
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