Turismo

Euro e dólar turismo abaixo de preço de banana. É hora de comprar?

07 nov 2022, 13:26 - atualizado em 07 nov 2022, 13:26
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Cotação do euro e dólar turismo continuam descolados um do outro e melhor, em queda, e abaixo de preço de banana (Imagem: REUTERS/Cagla Gurdogan)

A expressão “a preço de banana” talvez não caiba mais para as cotações do dólar e do euro turismo. Com valores próximos uma da outra, as moedas estão mais baratas do que o quilo de banana prata.

Segundo a média apurada nos Centros de Abastecimento de São Paulo (Ceagesp), Belo Horizonte (Ceasa Minas) e de Campinas, no interior paulista, a fruta está saindo a R$ 5,67, em levantamento realizado em 4 de novembro.

Já a cotação média do dólar e do euro turismo hoje está um pouco acima dos R$ 5,30, com o avanço de mais de 1% da moeda norte-americana no mercado à vista (comercial) – a R$ 5,11.

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Fim da paridade

Já faz alguns meses que a cotação das moedas, tanto comercial quanto turismo, descolou-se com o euro ficando abaixo do dólar.

Na semana passada, o descolamento foi impulsionado pelos ganhos da moeda norte-americana em relação aos seus pares, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) subir a taxa de juros mais uma vez, a quarta seguida em 0,75 ponto percentual (p.p.), ao mesmo tempo em que o dólar à vista derretia de R$ 5,40 para abaixo de R$ 5,10 no mercado doméstico após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República.

Segundo o site Meu Câmbio, que lista a cotação de corretoras e bancos especializados em moedas e autorizados pelo Banco Central (BC), na última quinta-feira, o euro atingiu o seu menor valor em um ano, cotado a R$ 5,19 no mercado turismo. A moeda americana operou um pouco acima, a R$ 5,25.

É hora de comprar moeda para turismo?

Turistas se preparam para as viagens de fim de ano e de férias de janeiro. Além disso, o calendário de feriados em 2023 promete, já que serão 12, sendo cinco deles com emendas. Boas oportunidades para viajar. E para comprar moeda?

O sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, diz que sempre é momento de adquirir remessas, principalmente, em cotações melhores do que visto antes. O euro turismo, por exemplo, chegou a ser cotado acima de R$ 7 no início do ano passado, ainda sentindo os efeitos da pandemia de covid-19.

“Quando a pessoa tem uma viagem marcada, o ideal é ir comprando uma quantidade por dia, por semana ou por mês porque pega uma média de preço interessante, tanto de dólar quanto de euro”, aconselha, acrescentando que “comprando aos poucos fica uma operação saudável”.

Queda do euro deve se estender

Prever a cotação de moedas não é tarefa fácil visto os vários fatores que influenciam o preço das divisas. O real, que tem um dos melhores desempenhos este ano entre as principais moedas globais, é estimado em R$ 5,20 ante o dólar para o ano que vem, segundo o Boletim Focus, do BC, divulgado hoje.

Porém, a desvalorização global do euro deve estender em meio ao cenário econômico do bloco, com a alta da inflação, os conflitos entre Rússia e Ucrânia ainda em curso, crise de energia e passos largos a caminho de uma recessão econômica.

“É muito mais fácil a Europa ter uma desaceleração da economia maior do que os Estados Unidos. E deve levar mais tempo para se recuperar porque ela já tinha crise antes da pandemia. A covid-19 acentuou essa crise. Com isso, o euro tende a ficar mais desvalorizado por um tempo”, diz Nagem.

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