Economia

Eurasia: Doria pode ser o nome necessário para o Brasil em 2018

28 abr 2017, 15:11 - atualizado em 05 nov 2017, 14:05

O Brasil está alinhado para sair da recessão e pode recobrar a atenção do mundo após o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado, argumenta o cientista político  e presidente da consultoria de risco Eurasia, Ian Bremmer, em um artigo sobre o país publicado na revista Time nesta sexta-feira (28).

Segundo Bremmer, o Brasil atolado em dois anos de recessão e no pior escândalo político da história, avançou. “Os altos e baixos da década passada foram notáveis, e o futuro do país permanece incerto. Mas o Brasil olha para uma direção promissora”, diz. 

Ele argumenta que é impressionante a classe política brasileira ainda estar de pé apesar do escândalo da Lava Jato e dos mínimos níveis de aprovação dos rumos do governo presidente Michel Temer. 

Otimismo

Ainda assim, o cientista político vê sinais de otimismo. Ele cita as reformas trabalhista e da Previdência como importantes marcos, mesmo tendo sido “aguadas”.

“A melhor esperança para o Brasil reside no que vem a seguir. Em 2018, os eleitores irão eleger um novo presidente – e provavelmente enviarão um sinal cristalino de desgosto com a atual elite política do país”, ressalta.

Doria

Ele aponta que Lula chega como uma grande força, dado que é visto como o responsável pela “meteórica ascensão do Brasil há uma década” e pela “retirada de um grande número de brasileiros da pobreza”. Entretanto, Bremmer destaca que a sua força está restrita à região Nordeste e que os demais eleitores irão procurar novos nomes.

“Há uma grande abertura para um candidato de fora, como o prefeito de São Paulo, João Doria, um homem de negócios transformado em político com uma reputação de fazer as coisas. Quaisquer que sejam suas chances, a Lava Jato é o escândalo que o Brasil há muito tempo precisa para limpar a corrupção que tem pesado sobre o crescimento deste país por muitos anos”, conclui Bremmer.