EUA X China: Quais as ações brasileiras mais expostas e as mais blindadas ao conflito?
A escalada da tensão entre os Estados Unidos e a China — duas maiores potências mundiais —, somada a uma lista de fatores negativos, têm preocupado os mercados financeiros. Diante desse cenário, na bolsa brasileira, as ações ligadas às commodities devem sentir maior impacto, avaliam analistas.
O desembarque de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, na ilha de Taiwan na terça-feira (2), mexeu com o humor dos investidores e abalou as bolsas de valores de todo o mundo.
A visita de Pelosi “joga um banho de água fria no trabalho inicial de Biden de se aproximando da China, após uma relação ruim de Trump”, explica o analista e sócio da Benndorf, Victor Benndorf. Isso porque o país asiático reivindica ilha como sua, enquanto a delegação de Pelosi afirma que a visita “honra o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar a vibrante democracia de Taiwan”.
A nova crise geopolítica aumenta a aversão ao risco, que já reinava entre os investidores devido à inflação, aperto dos juros, recessão, e guerra na Ucrânia. O analista da Benndorf afirma que os principais riscos da escalada da tensão pode vir de um atrito na relação entre as potencias, piorando ainda mais o crescimento chinês.
E, se a economia da China pisa no freio, quem também sente o impacto é a economia brasileira, dado que o país é o maior parceiro comercial do Brasil.
Qual o impacto do conflito na Bolsa brasileira?
Segundo Victor, da Benndorf, no lado da demanda, o conflito entre EUA e China piora o consumo de commodities, principalmente petróleo e minério de ferro. Com isso, as ações ligadas a esses setores podem sair perdendo.
Por ora, a corretora recomenda redução em ativos ligados ao minério e posição moderada em petróleo. Já se o barril do petróleo Brent perder os US$ 98,00, a indicação passa a ser de redução.
Diante de uma piora no cenário global, o analista indica a venda de Petrobras (PETR3; PETR4), PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3).
Já do outro lado, as ações de empresas associadas a consumo local, com menor pressão inflacionária, apontam como as mais blindadas ao conflito.
Benndorf destaca os papéis de Arezzo (ARZZ3), Iguatemi (IGTA11) e Totvs (TOTS3).
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