EUA vão anunciar avanço científico sobre fontes de energia de fusão
O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciará na terça-feira que cientistas de um laboratório nacional fizeram uma descoberta sobre energia de fusão, o processo que alimenta o sol e as estrelas que um dia poderá fornecer uma fonte barata de eletricidade, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
Os cientistas do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, alcançaram um ganho líquido de energia pela primeira vez, em um experimento de fusão usando lasers, disse uma das fontes.
A fusão funciona quando os núcleos de dois átomos são submetidos a calor extremo de 100 milhões de graus Celsius ou superior, levando-os a se fundir em um novo átomo maior, liberando enormes quantidades de energia.
Mas o processo consome grandes quantidades de energia e o truque tem sido torná-lo autossustentável e obter mais energia do que entra e fazê-lo continuamente em vez de breves momentos.
Se a fusão for comercializada, o que os defensores dizem que poderia acontecer em uma década ou mais, poderá trazer benefícios adicionais, incluindo a geração de eletricidade praticamente livre de carbono, o que poderia ajudar na luta contra a mudança climática sem as quantidades de lixo nuclear radioativo que os reatores de hoje produzem.
No entanto, operar uma usina de energia elétrica a partir da fusão apresenta obstáculos difíceis, como conter o calor de forma econômica e manter os lasers disparando de forma consistente. Outros métodos de fusão usam ímãs em vez de lasers.
Investidores como Bill Gates, Jeff Bezos e John Doerr injetaram dinheiro em empresas que estudam a fusão. A indústria privada garantiu mais de 2,8 bilhões de dólares no ano passado para o setor, de acordo com a Fusion Industry Association, totalizando cerca de 5 bilhões de dólares nos últimos anos.