Mercados

EUA: Wall Street recua com ansiedade antes de resposta de Trump à China

29 maio 2020, 12:19 - atualizado em 29 maio 2020, 12:21
Mercados - Wall Street - NYSE
Geopolítica entre EUA-China respingam em Wall Street (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

Os índices S&P 500 e Dow Jones abriram em baixa nesta sexta-feira, com investidores se preparando para uma resposta dos Estados Unidos à lei de segurança nacional da China para Hong Kong, o que ameaçava tirar o brilho de mais um mês de fortes ganhos para o mercado de ações.

O presidente Donald Trump, que alertou sobre uma resposta dura à ação da China, deve fazer anúncio mais tarde.

“As tensões entre as duas maiores economias do mundo estão tão altas quanto se pode puxar da memória, mais altas do que durante a guerra comercial do ano passado, que tinha foco econômico”, disse Sachin Raghavan, analista da Cantor Fitzgerald.

Além disso, do lado macro, os gastos do consumidor nos Estados Unidos tiveram queda recorde em abril, com a pandemia do Covid-19 minando a demanda, e os dados reforçaram expectativas de que a economia pode contrair no segundo trimestre a seu ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão.

As ações do setor financeiro, segmento do S&P com melhor desempenho nesta semana, exerciam a maior influência negativa no S&P 500 nesta sessão.

Ainda assim, os principais índices de Wall Street caminhavam para encerrar maio com um segundo mês consecutivo de ganhos, na esperança de um retorno à normalidade econômica após um tombo provocado pelo coronavírus.

Trump promete posição ante a esclada de tensão entre a China e a província de Hong Kong (Imagem: Reuters/Leah Millis)

Às 12:19 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,31%, a 25.321 pontos, enquanto o S&P 500 oscilava em torno da estabilidade. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,34%, a 9.401 pontos.

O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,16%, a 9.354 pontos, com Microsoft Corp, Amazon.com Inc e Netflix Inc ajudando a limitar as perdas do índice.

Um dia depois de Trump assinar decreto que ameaça empresas de mídia social com novos regulamentos sobre liberdade de expressão, o Twitter Inc. colocou um aviso em um tuíte do presidente, acusando-o de violar as suas regras por “enaltecer a violência” em uma mensagem que dizia que saqueadores em protestos em Minneapolis seriam baleados.

As ações do Twitter caíam 1,7%.

O foco se voltava também para o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, que falará em um webcast público no qual deve detalhar a próxima fase de resposta ao novo coronavírus do banco central. O evento está marcado para começar às 12h (horário de Brasília).