Internacional

EUA: Inflação de fevereiro não oferece qualquer alívio para o Fed

28 mar 2025, 15:04 - atualizado em 28 mar 2025, 15:17
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Chair do Federal Reserve, Jerome Powell (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque/File Photo)

A leitura de fevereiro da inflação norte-americana não oferece qualquer alívio para as perspectivas de política monetária, afirma o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.

Confirme divulgado nesta sexta-feira (28), o índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) repetiu os números de janeiro e veio em linha com as expectativas do mercado: subiu 0,3% em fevereiro e foi a 2,5% em 12 meses.

No entanto, a medida de núcleo superou o consenso ao acelerar para 0,4% e 2,8%. A composição mostra que tanto a inflação de bens quanto a de serviços aceleraram na ponta na média móvel trimestral anualizada.

Segundo o economista da Nomad, a alta confirma as preocupações indicadas nas últimas reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que apontam para a dificuldade de se completar a “última milha” no processo de desinflação. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), inclusive, optou por deixar os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50%.

O que mais chama a atenção, segundo Igliori, é que a resistência na dinâmica inflacionária ocorre mesmo antes de qualquer impacto das tarifas sobre importação anunciadas pelo presidente Donald Trump.

“O quadro de estabilidade na economia americana continua mostrando resiliência. Até quando é a pergunta que todos gostariam de responder no momento, mas o modo compasso de espera deve prevalecer por mais um tempo”, diz.

Em linha, a economista do ASA, Andressa Durão, espera que o Fed mantenha uma postura cautelosa com a política monetária, diante dos riscos altistas relacionados à inflação.

Com isso, a taxa de juros de referência dos EUA deve continuar inalterada nas próximas decisões. O próprio banco central norte-americano indica que a projeção é de apenas dois cortes na taxa este ano.

“Avaliamos que os riscos para a inflação ainda se sobrepõem aos riscos para a atividade”, afirma Durão.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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