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EUA: Trump prioriza investigações sobre crimes relacionados a cripto

20 fev 2020, 8:57 - atualizado em 03 mar 2020, 11:02
Grandes departamentos podem ficar sem financiamento porque a presidência decidiu redirecioná-lo para o combate de crimes relacionados a criptoativos (Imagem: Freepik)

Para o combate de crimes financeiros, a Casa Branca quer levar o Serviço Secreto dos EUA — agência que protege os líderes do país e assegura seu sistema financeiro — de volta para o Departamento do Tesouro.

A medida foi delineada pelo novo orçamento presidencial, que promete mais financiamento para o Tesouro contra o combate de crimes que envolvem o uso de criptoativos.

“Avanços tecnológicos das últimas décadas, como criptoativos e crescente a interconectividade do mercado financeiro internacional, resultaram em organizações criminosas mais complexas”, afirma o documento.

“O orçamento propõe que a legislação devolva o Serviço Secreto ao Tesouro para a criação de novas eficiências na investigação desses crimes e preparar o país para enfrentar as ameaças de amanhã.”

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Um exercício presidencial

Esse grande financiamento para o Tesouro seria alocado para diversas agências de tesouraria que fizeram um apelo pelo dinheiro.

FinCEN, Rede de Combate a Crimes Financeiros, gabinete que coleta informações financeiras para combater lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e outros crimes, quer US$ 819 mil e três funcionários para apoiar o desenvolvimento de seu “Programa de Mitigação de Ameaça Cibernética e de Moedas Virtuais”.

Mike Enzi, presidente da Comissão dos Orçamentos do Senado dos EUA, afirma que o grande orçamento possivelmente mal distribuído do presidente Trump não irá afetar a diplomacia do país (Imagem: Freepik)

O Departamento da Receita Federal (IRS) quer US$ 40 milhões para expandir suas investigações sobre criptoativos. A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) quer mais US$ 812 mil para contratar “investigadores de moedas virtuais”.

Ainda não se sabe se esses departamentos irão conseguir ou não o financiamento adicional. Embora o orçamento presidencial demonstra quais as prioridades de despesa da Casa Branca, o que o Congresso decide financiar é outra história.

Em um discurso no Senado, Mike Enzi, presidente da Comissão dos Orçamentos, declarou que é improvável que o orçamento de US$ 4,8 trilhões de Trump tenha muita influência na diplomacia:

“O Congresso não presta atenção à prática orçamentária do presidente. É só isso: uma prática”, afirmou ele. “O Congresso possui as rédeas, de acordo com a Constituição, e o Congresso protege muito essa autoridade constitucional.”