Internacional

EUA negociam com aliados para trazer Irã de volta a acordo nuclear

31 out 2021, 14:43 - atualizado em 31 out 2021, 14:43
Antony Blinken
“Realmente só depende de o Irã levar o tema a sério”, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sobre o retorno às negociações nucleares (Imagem: Jacquelyn Martin/Pool via REUTERS)

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse neste domingo que os EUA estão “totalmente em sintonia” com Reino Unido, Alemanha e França no que diz respeito a recolocar o Irã em um acordo nuclear, mas acrescentou que não está claro se Teerã estará disposto a retomar negociações de uma “forma significativa”.

As declarações de Blinken em entrevista à CNN neste domingo ocorreram um dia depois de Estados Unidos, Alemanha, França e Grã-Bretanha pedirem ao Irã que retome o acordo nuclear de 2015 para “evitar uma escalada perigosa”.

O acordo, segundo o qual o Irã reduzia o trabalho nuclear visto como um risco de desenvolvimento de armas nucleares em troca da suspensão das sanções globais, foi desmantelado em 2018 depois que o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do pacto, levando Teerã a ignorar os limites de enriquecimento de urânio estabelecidos por ele.

“Realmente só depende de o Irã levar o tema a sério”, disse Blinken sobre o retorno às negociações nucleares. “Todos os nossos países, em linha inclusive com Rússia e China, acreditam fortemente que esse seria o melhor caminho a seguir”, acrescentou.

Líderes dos quatro países que esperam persuadir Teerã a parar de enriquecer urânio a níveis quase equivalentes aos usados em armas nucleares, disseram no sábado que gostariam de uma solução negociada.

“Mas ainda não sabemos se o Irã está disposto a voltar a se envolver de forma significativa”, disse Blinken neste domingo. “Mas se não estiver, se não se envolver, iremos procurar juntos todas as opções necessárias para lidar com este problema.”

O ministro das Relações Exteriores do Irã disse neste domingo que se os Estados Unidos estivessem seriamente considerando voltar ao acordo nuclear de Teerã com as potências mundiais firmado em 2015, o presidente Joe Biden poderia apenas emitir uma “ordem executiva”, informou um jornal estatal iraniano.

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