Saúde

EUA monitoram variante da Covid-19 do Reino Unido, mas a da África preocupa mais

23 jan 2021, 14:37 - atualizado em 23 jan 2021, 14:37
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Os Estados Unidos são o país mais atingido pela Covid-19, com 24,70 milhões de casos  (Imagem: Reuters/Chris Bergin)

Os Estados Unidos estão acompanhando de perto a variante mais infecciosa da Covid-19 depois que autoridades britânicas advertiram que também pode ser mais mortal, disse o diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH, em inglês), Francis Collins, neste sábado.

Mas as autoridades de saúde dos EUA estão um pouco mais preocupadas com uma variante da África do Sul, embora essa ainda não tenha sido identificada entre os casos norte-americanos do novo coronavírus, disse ele à MSNBC em uma entrevista.

Collins observou que os dados do Reino Unido são preliminares e disse que não está claro por que aqueles com a variante do Reino Unido enfrentam um risco maior de morte, seja por mudanças no próprio vírus ou outras causas externas, como pressões no sistema de saúde.

“Vamos tomar isso como algo para observar de perto”, disse ele.

Os comentários de Collins ocorrem no momento em que o presidente democrata Joe Biden assume as rédeas da resposta da nação ao Covid-19, buscando revigorar a luta contra a doença altamente infecciosa e pedindo uma postura de guerra.

Em uma enxurrada de ações desde que assumiu o cargo na quarta-feira, Biden revelou um novo plano estratégico dos EUA para reduzir o surto e assinou várias ordens executivas para aumentar as vacinas e aumentar o uso de máscaras, entre outras medidas.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela Covid-19, com 24,70 milhões de casos e 413.775 mortes até a meia-noite de sexta-feira.

Na semana passada, 3.089 norte-americanos morreram da doença, em média, enquanto 20 Estados norte-americanos relataram mortes recordes neste mês.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou na sexta-feira que a variante do Reino Unido estava associada a um nível mais alto de mortalidade, mas disse que as vacinas ainda parecem eficazes contra ela.

“Estamos um pouco mais preocupados com uma variante sul-africana” que parece ser menos protegida pelas vacinas, disse ele. Nenhum caso conhecido, entretanto, foi encontrado nos Estados Unidos ainda, ele acrescentou.

Cientistas disseram na quarta-feira que a variante sul-africana pode reduzir a eficácia das vacinas atuais, o que também aumenta a perspectiva de reinfecção.

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