EUA: investigações de ransomware terão mesma prioridade que as de terrorismo
Em meio ao ataque de ransomware que gerou prejuízos econômicos à Colonial Pipeline, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sigla em inglês) irá priorizar investigações a ataques de ransomware no mesmo nível que investigadores de terrorismo.
Segundo a Reuters, orientações internas enviadas nessa quinta-feira (3) para gabinetes de promotoria americanos afirmaram que informações sobre investigações de ransomware no setor devem ser coordenada, de forma central, com uma força-tarefa recém-criada em Washington.
“Usamos esse modelo para terrorismo antes, mas nunca com ransomware”, afirmou o promotor geral John Carlin à Reuters.
Acredita-se que membros do grupo de ransomware por trás do ataque à Colonial Pipeline, chamado DarkSide, sejam russos.
Após obter controle da rede de computadores da Colonial Pipeline, DarkSide exigiu um pagamento de ransom em bitcoin. Durante o impasse, antes de a Colonial pagar 75 BTC ao grupo, o sudeste americano passou por ampla escassez de combustível e alta nos preços.
Na última terça-feira (1º), uma porta-voz da Casa Branca sinalizou a crescente preocupação da Administração Biden com ransomware, afirmando que “a expansão da análise cripto” no rastreamento de transações ligadas a ransomware seria uma prioridade.
A decisão do Departamento de Justiça em impulsionar ransomware no processo geralmente reservado para ameaças de segurança nacional de alto nível ilustra como a questão está sendo priorizada, disseram as autoridades americanas à Reuters.