EUA: Inflação projetada de dezembro é boa notícia para os mercados
Com divulgação prevista para esta quinta-feira (12), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro é o dado para o qual os mercados estão olhando.
Após subir 0,1% em novembro, o indicador, que já esteve aos 9,1% em 12 meses, chegou a 7,1%. A expectativa é que o dado de dezembro indique a continuidade do movimento de desaceleração inflacionária.
De acordo com o modelo de previsão da distrital do Federal Reserve de Cleveland, o CPI principal deve ser de 6,51% no acumulado dos 12 meses, com o núcleo da inflação (que desconsidera itens voláteis como alimentos e energia) a 5,76% na mesma base de comparação.
Já o Goldman Sachs estima uma desaceleração ligeiramente maior, com o CPI principal chegando a 6,43% e núcleo a 5,63%.
O passo mais suave da inflação tem sustentado uma posição majoritária (79%) entre as instituições financeiras de que o Fed decidirá, na reunião dos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, por uma alta de 0,25 ponto-percentual (pp.).
A maior confiança em altas menos agressivas daqui em diante tem refletido nos mercados acionários de Nova York, com Dow Jones, S&P 500 e, sobretudo, Nasdaq (índice que contém a maior taxa de desconto) recolhendo um ganho médio de 2% ao cabo da primeira semana de negociações do ano.
Deflação de combustíveis e carros deve ser destaque de CPI
Ainda de acordo com o Goldman Sachs, serão três os componentes que embasarão a tendência de desaceleração da inflação no mês de dezembro.
O primeiro deles está relacionado à diminuição em 0,5% do preço de carros novos e 1,6% de carros usados, refletindo um aumento de incentivos promocionais nas negociações de veículos 0 km e menores preços em leilões de carros usados.
O segundo está relacionado à queda do petróleo no mercado internacional, influenciada por incertezas macroeconômicas, que pode ter reduzido em até 2% o preço das taxas aéreas no mês passado.
Por fim, a instituição espera que o avanço de preços com moradia seja mais modesto no último mês de 2022 (aumento de 0,67%), à proporção que o aluguel para novos inquilinos começa a arrefecer.