Política

EUA, Índia, Japão e Austrália fazem pacto de vacinas para Ásia em esforço para conter influência da China

12 mar 2021, 20:48 - atualizado em 12 mar 2021, 20:48
Joe Biden
Estamos renovando nosso compromisso de garantir que nossa região seja regida pelo direito internacional (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

Os Estados Unidos e três de seus parceiros mais próximos na região do Indo-Pacífico se comprometeram a fornecer até 1 bilhão de doses de vacina contra o coronavírus em toda a Ásia até o final de 2022, nesta sexta-feira, em uma reunião cuidadosamente coreografada para conter a crescente influência da China na região.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e os líderes de Austrália, Índia e Japão países juntos conhecidos como Quad– prometeram em sua primeira cúpula moldar um Indo-Pacífico livre e aberto, com cooperação em segurança marítima, cibernética e econômica, todas questões vitais para as quatro democracias diante dos desafios de Pequim.

“Estamos renovando nosso compromisso de garantir que nossa região seja regida pelo direito internacional, comprometida com a defesa dos valores universais e livre de coerção”, disse Biden a seus colegas, sem citar a China.

Seu conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, classificou a cúpula virtual como um grande dia para a diplomacia norte-americana, enquanto os EUA buscam revitalizar suas alianças e se aproximar de Pequim com uma posição de força antes de uma reunião de alto escalão EUA-China no Alasca na próxima semana.

“Os quatro líderes discutiram o desafio apresentado pela China e deixaram claro que nenhum deles tem ilusões sobre a China”, disse Sullivan a repórteres mais tarde, acrescentando que todos acreditam que a democracia pode vencer a “autocracia”.

Em uma declaração conjunta, Biden, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, prometeram trabalhar de forma estreita na distribuição de vacinas contra a Covid-19, clima e segurança.

“Nós lutamos por uma região que seja livre, aberta, inclusiva, saudável, ancorada por valores democráticos e sem coerção”, acrescentaram.