EUA: Fed reitera ritmo mais lento no corte de juros e destaca novos riscos de inflação com políticas de Trump, mostra ata
As autoridades do Federal Reserve (Fed) reforçaram a necessidade de adotar um ritmo mais lento no corte de juros, mostra a ata da reunião de 17 e 18 de dezembro do banco central dos Estados Unidos (EUA) divulgada nesta quarta-feira (8).
“Os membros concordaram em indicar que, ao considerar a extensão e o momento dos ajustes adicionais à meta para a taxa de juros, o Comitê avaliaria cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio de riscos”, afirmaram.
O Fed optou por cortar sua taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual (p.p.) no mês passado.
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Ao tomar a decisão, o Comitê concordou que é provável que a inflação continue a desacelerar este ano, mas também viram um risco crescente de que as pressões sobre os preços permaneçam rígidas, conforme começaram a deliberar sobre o impacto das políticas esperadas do novo governo de Donald Trump.
“Os participantes esperam que a inflação continue a se mover em direção a 2%, embora tenham observado que as recentes leituras mais altas do que o esperado sobre a inflação e os efeitos de possíveis mudanças na política comercial e de imigração sugerem que o processo possa levar mais tempo do que o previsto anteriormente”, disseram na ata.
“Vários observaram que o processo desinflacionário pode ter estagnado temporariamente ou observaram o risco de que isso possa acontecer.”
A ata descreveu o corte da taxa básica de dezembro pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que define a política monetária, como “bem equilibrado”, com alguns participantes destacando os “méritos” de não reduzir os custos dos empréstimos à luz do que alguns consideram uma estagnação do progresso na redução da inflação.
*Com informações a Reuters