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EUA e União Europeia firmam trégua em conflito de 17 anos sobre subsídio de aeronaves

15 jun 2021, 12:25 - atualizado em 15 jun 2021, 12:25
Bandeira Eua e UE
Nesta terça-feira, EUA e UE disseram que vão remover as tarifas por cinco anos, enquanto ainda trabalham em um acordo abrangente sobre subsídios que haviam previsto em março (Imagem Facebook/European Commission)

Os Estados Unidos e a União Europeia firmaram uma trégua sobre uma disputa de quase 17 anos sobre subsídios a fabricantes de aeronaves, suspendendo por cinco anos um conjunto de tarifas impostas pelo governo de Donald Trump que havia azedado as relações.

Os dois lados têm se confrontado desde 2004 em casos paralelos na Organização Mundial do Comércio (OMC) que envolvem subsídios para a fabricante de aviões norte-americana Boeing e para a rival europeia Airbus.

Ambos concordaram em março com uma suspensão de quatro meses das tarifas sobre 11,5 bilhões de dólares em mercadorias, desde queijo e vinho da UE até tabaco e destilados dos EUA, que a OMC havia sancionado. As empresas afetadas pelas medidas já pagaram mais de 3,3 bilhões de dólares em tarifas.

Nesta terça-feira, EUA e UE disseram que vão remover as tarifas por cinco anos, enquanto ainda trabalham em um acordo abrangente sobre subsídios que haviam previsto em março.

“Com este acordo, estamos fundamentando a disputa Airbus-Boeing”, disse o chefe de comércio da UE, Valdis Dombrovskis, em um comunicado durante uma cúpula UE-EUA com o presidente dos EUA, Joe Biden.

A representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, disse que os dois lados concordaram em fazer declarações claras sobre que apoio poderia ser dado aos grandes fabricantes de aeronaves civis. Eles também trabalharão para conter investimentos em aeronaves por “atores não-mercantis”, disse, referindo-se especificamente à China. “Estamos comprometidos com uma cooperação significativa.”

Os Estados Unidos e a União Europeia concordaram em criar um grupo de trabalho sobre o assunto, fornecer financiamento em condições de mercado, ser transparentes no financiamento de pesquisa e desenvolvimento, evitar apoios que prejudiquem o outro lado e cooperar para lidar com “práticas não mercantis” em outros lugares.