Energia Nuclear

EUA e Irã chegam a impasse sobre fim de sanções e restrições nucleares em negociação em Viena

13 jan 2022, 10:15 - atualizado em 13 jan 2022, 10:15
Após esperar por um ano, o Irã respondeu à pressão de Trump ao romper gradualmente o acordo, inclusive com a retomada dos estoques de urânio enriquecido (Imagem: REUTERS/Lisi Niesner)

Irã e Estados Unidos estão demonstrando pouca flexibilidade em questões centrais em suas negociações nucleares indiretas, levantando questionamentos sobre se concessões podem ser encontradas em breve para renovar um acordo de 2015 que possa dissipar temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio, afirmaram diplomatas.

Após oito rodadas de conversas, os pontos mais espinhosos continuam: a velocidade e o escopo da suspensão de sanções sobre Teerã, incluindo a exigência de garantias de que não haverá mais medidas punitivas por parte dos EUA, e como e quando retomar as limitações ao trabalho atômico iraniano.

O acordo nuclear limitava as atividades de enriquecimento de urânio do Irã para tornar mais difícil o desenvolvimento de armamentos nucleares –uma ambição que o Irã nega ter– em troca da suspensão de sanções internacionais.

Mas o ex-presidente dos EUA Donald Trump abandonou o pacto em 2018, dizendo que ele não faz o suficiente para impedir as atividades nucleares, o programa de mísseis balísticos e a influência regional do Irã, e restabeleceu as sanções que afetaram gravemente a economia da República Islâmica.

Após esperar por um ano, o Irã respondeu à pressão de Trump ao romper gradualmente o acordo, inclusive com a retomada dos estoques de urânio enriquecido, o refinamento do elemento à uma pureza físsil mais alta, e a instalação de centrífugas avançadas para acelerar a produção.

Após meses de conversas intermitentes iniciadas após Joe Biden substituir Trump na Casa Branca, autoridades ocidentais agora dizem que o tempo está acabando para ressuscitar o pacto. Mas autoridades iranianas negam estar pressionadas pelo tempo, argumentando que a economia pode sobreviver graças às vendas de petróleo para a China.

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