EUA e China: questões bilaterais e globais de segurança foram temas em reunião nesta quinta.
O principal assessor de segurança do governo do presidente norte-americano Joe Biden se reuniu com alto diplomata da China nesta semana, e prometeu manter as linhas de comunicação abertas, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira, em uma das poucas reuniões de alto nível desde a disputa sobre suposto balão de espionagem que prejudicou as relações entre os dois países em fevereiro.
O conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan e o diplomata chinês Wang Yi reuniram-se em Viena na quarta e nesta quinta-feira e discutiram as principais questões bilaterais e globais de segurança, incluindo Taiwan e a guerra da Rússia contra a Ucrânia, disse a Casa Branca em um comunicado.
A nota descreveu as conversas como “sinceras, substantivas e construtivas” e como “parte dos esforços contínuos para manter abertas as linhas de comunicação e administrar a concorrência com responsabilidade”.
Os dois lados “concordaram em manter esse importante e estratégico canal de comunicação para avançar nesses objetivos”, disse o comunicado, acrescentando que as negociações buscam evoluir a partir da reunião do presidente Joe Biden e do presidente chinês Xi Jinping na Indonésia em novembro.
Os laços entre EUA e China estão em crise devido a questões que variam de acusações de espionagem chinesa e abusos de direitos humanos, aos esforços dos EUA em construir alianças militares para refrear as ambições da China em relação a Taiwan e a região do Pacífico.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelou uma viagem prevista a Pequim após os EUA derrubarem um balão chinês que sobrevoou locais militares sensíveis, mergulhando os países rivais em uma crise diplomática.
A viagem de Blinken tinha como objetivo ajudar a reparar as relações após uma ruptura anterior, por conta da visita da então presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi a Taiwan, a ilha autônoma que a China considera sua.