Internacional

EUA e China buscam reestabelecer relações comerciais com assinatura de fase um de acordo

15 jan 2020, 13:46 - atualizado em 15 jan 2020, 13:46
EUA China
Autoridades dos EUA chamaram o acordo de uma enorme vitória que marcou uma mudança significativa nas relações de Washington com a China (Imagem: REUTERS/Damir Sagolj)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinarão a fase um do acordo comercial nesta quarta-feira, o que reduzirá algumas tarifas e verá a China impulsionar as compras de bens e serviços norte-americanos, desescalando um conflito de 18 meses entre as duas maiores economias do mundo.

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Liu disse que os dois lados trabalharão com maior proximidade para obter resultados tangíveis e alcançar uma relação de benefício mútuo, apesar das diferenças em seus modelos políticos e econômicos, informou nesta quarta-feira a agência de notícias oficial da China Xinhua.

Autoridades dos EUA chamaram o acordo de uma enorme vitória que marcou uma mudança significativa nas relações de Washington com a China, mas disseram que incluíram uma dura medida de cumprimento do acordo que poderia desencadear novas tarifas se Pequim não cumprir com suas promessas.

A fase um do acordo contém uma guerra comercial marcada por tarifas dos dois lados que atingiram centenas de bilhões de dólares em mercadorias, prejudicando mercados financeiros, afetando cadeias de fornecimento e desacelerando o crescimento global.

Alguns analistas e economistas questionaram se o resultado das arrastadas negociações justificava os danos à economia.

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Trump e Liu, que liderou o lado chinês nas negociações comerciais com Washington, devem assinar a fase um do acordo de 86 páginas em um evento da Casa Branca às 13h30 (horário de Brasília) com a presença de mais de 200 convidados dos círculos empresarial, governamental e diplomático.

O presidente dos EUA, Donald Trump, se encontra com o presidente da China, Xi Jinping,
Alguns analistas e economistas questionaram se o resultado das arrastadas negociações justificava os danos à economia (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

Não está claro, neste momento, se o documento inteiro será divulgado nesta quarta-feira.

O ponto central do acordo é uma promessa da China de comprar mais 200 bilhões de dólares de produtos agrícolas e outros bens e serviços dos EUA ao longo de dois anos. Isso ajudará a reduzir o déficit comercial bilateral dos EUA em bens, que atingiu um pico de 420 bilhões de dólares em 2018.

Os Estados Unidos tiveram um pequeno superávit comercial de serviços com a China de 40,5 bilhões de dólares em 2018.

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O principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que o acordo exige que a China compre mais 75 bilhões de dólares em bens manufaturados dos EUA durante o período de dois anos.

Larry Kudlow
Larry Kudlow disse que o acordo exige que a China compre mais 75 bilhões de dólares em bens manufaturados (Imagem: REUTERS/Al Drago)

A fase um do acordo, alcançada em dezembro, cancelou as tarifas programadas dos EUA sobre celulares, brinquedos e laptops de fabricação chinesa e reduziu para 7,5% a tarifa sobre cerca de 120 bilhões de dólares de outros produtos chineses, incluindo televisões de tela plana, fones de ouvido sem fio e calçados.

Mas ainda assim manterá tarifas de 25% sobre uma vasta gama de produtos e componentes industriais chineses, no valor de 250 bilhões de dólares, utilizados por fabricantes norte-americanos.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse à CNBC nesta quarta-feira que o acordo impulsionará a economia norte-americana e que Washington poderá baixar as tarifas como parte de uma fase dois do acordo que abordará questões complexas como cibersegurança.

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O Global Times da China disse que as discussões da fase dois podem não começar tão cedo.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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