EUA devem ganhar novas vendas de soja devido às pequenas safras na América do Sul, diz Oil World
As safras menores de soja esperadas nos principais produtores da América do Sul provavelmente impulsionarão grandes negócios de exportação de soja para os Estados Unidos a partir de junho, disseram analistas de oleaginosas da consultoria Oil World nesta terça-feira.
A Oil World estima que as colheitas combinadas de soja na atual temporada 2021/2022 no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai cairão para cerca de 186,3 milhões de toneladas.
O volume seria 7,4 milhões de toneladas inferior ao da temporada passada, e o mais baixo em quatro anos.
Em meio à incerteza sobre o tamanho da safra final após as condições climáticas desfavoráveis, que variam de seca a chuva excessiva, os agricultores sul-americanos também podem ter vendas reprimidas nos próximos meses, mantendo mais soja em estoque como proteção contra a inflação, disse a Oil World.
“Os agricultores norte-americanos serão beneficiados, pois os compradores nos países importadores mudarão cada vez mais para a soja dos EUA a partir de junho ou julho, com o maior aumento no ano provavelmente ocorrendo em setembro/dezembro de 2022”, disse a Oil World.
“Mas já nas próximas semanas, as vendas de exportação de soja dos EUA provavelmente aumentarão para embarque na segunda metade desta temporada, bem como na próxima temporada.”
A Oil World prevê que a safra de soja do Brasil cairá para cerca de 135 milhões de toneladas, de 138,5 milhões de toneladas no ano passado.
A consultoria estima a safra da Argentina em cerca de 42 milhões de toneladas, ante 43,8 milhões de toneladas no ano passado.
A redução das colheitas mundiais de soja também resultará em importações e processamentos globais de soja abaixo do esperado neste ano, disse.
“O maior efeito será no farelo de soja e, portanto, é provável que os preços do farelo se fortaleçam em relação ao óleo de soja nos próximos três a seis meses”, disse a Oil World.