EUA criam mais de 1 milhão de postos de trabalho e taxa de desemprego cai a 3,5%
Os Estados Unidos criaram 236 mil postos de trabalho em março. Trata-se do menor número de novas vagas em mais de dois anos.
Além disso, o resultado mostra uma desaceleração em relação a fevereiro, quando foram criadas 326 mil vagas (dado revisado). Em janeiro, houve a abertura de 472 mil empregos.
Com isso, os EUA criaram mais de 1 milhão de postos de trabalho nos três primeiros meses de 2023. Com isso, a taxa de desemprego caiu a 3,5% ao final de março. Os números fazem parte do relatório oficial de emprego nos EUA.
O chamado payroll desafia as esperanças do Federal Reserve de esfriamento nas contratações, em um momento em que o Fed luta para domar a inflação alta.
Emprego sobe, renda cai
Porém, os dados de março apontam para um resultado misto. A expectativa do mercado era de criação de 239 mil vagas no mês passado, com a taxa de desemprego permanecendo estável em 3,6%.
Além disso, a abertura do dado mostra que a taxa de participação da força de trabalho atingiu o maior nível desde fevereiro de 2020, indo a 62,6% no mês passado, de 62,5% no mês anterior. Isso significa que quanto mais pessoas procuram trabalho, as empresas não precisam competir tanto por meio de salários mais altos.
Tanto que o ganho médio por hora desacelerou em base anual, com alta de 4,2%, ante +4,6% no comparativo anterior. Já em base mensal, houve ligeira oscilação para cima, com o rendimento médio subindo 0,3%, de +0,2% antes. A previsão era de +4,3% e +0,3%, respectivamente.
Ainda assim, o baixo desemprego e o aumento dos salários permitem que os cidadãos norte-americanos continuem gastando. E, até agora, a economia dos EUA segue fora de uma recessão amplamente prevista.
Mercados não reagem ao payroll
Porém, os mercados não reagiram aos dados do payroll. Isso porque a primeira sexta-feira de abril é marcada pelo feriado pela Paixão de Cristo, o que mantém fechados os negócios em Nova York. Também não haverá pregão hoje (7) na B3 nem na Europa.
Ainda assim, os futuros dos índices acionários norte-americanos passaram a oscilar no campo positivo. Às 10h15, o futuro do Dow Jones subia 0,16% e o do S&P 500 tinha alta de 0,19%.