Economia

EUA: com recessão à vista, mercado de trabalho aquecido pode ser má notícia

30 ago 2022, 13:32 - atualizado em 30 ago 2022, 14:19
Mercado de trabalho criou 11.2 milhões de novas vagas em julho (Imagem: REUTERS/Mike Blake)

Segundo o relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho americano na parte da manhã, a economia dos EUA criou 11.2 milhões empregos, ante 11 milhões divulgados em junho.

O numero de vagas existentes sendo preenchidas, contudo, diminuiu pelo quarto mês consecutivo. Similarmente, menos pessoas saíram de seus empregos, caindo para 4,2 milhões em julho.

A tendência, que já ocorre há quatro meses, mostra preocupações persistentes com o estado da economia e indica enfraquecimento do ‘Big Quit’, movimento de demissões voluntárias que tomou conta do noticiário econômico desde meados de 2021.

O dado acima de 4 milhões, contudo, ainda é superior à média de 3 milhões de demissões nos anos pré-pandêmicos.

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Mercado aquecido…Fed mais agressivo?

O relatório do Departamento do Trabalho mostra um mercado de trabalho aquecido, se consideradas as condições macroeconômicas atuais, elevando preocupações sobre pressões inflacionárias adicionais geradas a partir da carga salarial.

A perspectiva entre investidores de que o dado possa dar ‘aval’ para maiores aumentos na taxa de juros assusta Wall Street e acelera a queda dos índices acionários nessa terça-feira. 

Sobre a política monetária, investidores ainda tentam absorver a fala do presidente do Fed de Nova York, John Williams (têm direito de voto), na qual diz que não vê possibilidade para diminuição dos juros antes de 2024.

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