EUA cogitam retomar uso da vacina contra Covid-19 da J&J
Conselheiros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Estados Unidos (CDC) voltarão a se reunir nesta sexta-feira para analisar se é seguro voltar a usar a vacina contra Covid-19 da Johnson & Johnson, e autoridades de saúde de alto escalão do país se preparam para uma luz verde.
Na semana passada, a comissão pediu mais dados sobre um elo possível com coágulos sanguíneos cerebrais raros antes de decidir se e como encerrar uma “pausa” na administração de vacinas da J&J solicitada pelo CDC e pela Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA).
A decisão da comissão de aconselhamento do CDC tem implicações globais, já que a imunização da J&J é vista como uma ferramenta importante para países mais pobres e populações menos acessíveis por só exigir uma dose e poder ser armazenada a temperaturas normais de geladeira, o que a torna relativamente fácil de transportar.
Alguns membros da comissão argumentaram que uma prorrogação da pausa poderia enviar ao mundo a mensagem de que a vacina tem problemas de segurança sérios.
Foram relatados seis casos de coágulos cerebrais raros acompanhados por uma contagem baixa de plaquetas em quase 8 milhões de doses administradas nos EUA.
O país encomendou doses suficientes de vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna para inocular todos os adultos, mas muitas autoridades reguladoras graduadas, como o especialista em doenças infecciosas Anthony Fauci, sinalizaram que esperam retomar o uso da vacina da J&J.