AgroTimes

EUA caminham para a liderança global em exportações de carne bovina

16 fev 2022, 10:38 - atualizado em 16 fev 2022, 10:45
Unidade da Marfrig nos EUA se aproveita dos recordes de exportações de carne bovina do país

Pau a pau com o Brasil, os Estados Unidos batem recordes e vão assumindo de vez a liderança global nas exportações de carne bovina. Por enquanto, só em faturamento.

Mesmo que se desconte a queda de 7% do Brasil em 2021, em volume, causada pela saída da China nas importações entre setembro e meio de dezembro, os números revelam que, para 2022, o Brasil poderá ser o segundo.

Carne mais cara, para mercados que pagam melhor, é a receita americana, que embarca menor quantidade que os exportadores brasileiros.

O ano passado, os EUA exportaram 1,440 milhão de toneladas, 15% superior a 2020, e internaram US$ 10,58 bilhões, 38% a mais. E só carne in natura

O Brasil exportou 1,867 milhão/t e trouxe US$ 9,236 bilhões, com alta de 9%. E proteína processada e in natura.

Os dados do USDA, se comparados com os do Brasil de 2020, também são reveladores. O País exportou mais de 2 bilhões/t e recebeu US$ 8,4 bilhões sobre 2019.

O acesso ao mercado chinês foi acentuado em 2021 para os frigoríficos americanos, como da Tyson Foods, e das unidades brasileiras naquele mercado da JBS (JBS3) e Marfrig (MRFG3), depois do acordo comercial Fase 1, que eliminou parte das tarifas de importação.

China e Hong Kong compram acima de US$ 2 bilhões, em 114% de aumento, para 240,8 mil/t, alta de 87%.

Proporcionalmente muito superior aos números brasileiros.

Mas estão no Japão e na Coreia do Sul as vantagens da carne bovina da América do Norte. Os coreanos saltaram para US$ 2,382 bilhões em compras para 280,1 mil/t, incremento de 14% e 38%, respectivamente.

Para o líder em importações, o Japão, seguiram 320,7 mil toneladas, mais 5%, e a receita foi de US$ 2,376 bilhões, alta de 22%, ambos no comparativo anual.

Em meio a problemas de suprimento de boi – daí que as importações de carne bovina também se elevam, inclusive tomando o segundo lugar entre os destinos da brasileira -, e em um ano ainda mal saído da pandemia, as estatísticas mostram que os Estados Unidos vieram para ficar na liderança do fluxo mundial da proteína.