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EUA: Ata do Fomc reforça dependência nos dados para definir cortes futuros

09 out 2024, 15:24 - atualizado em 09 out 2024, 15:46
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Ata do Fomc reforça dependência nos dados para definir cortes futuros juros dos EUA (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts)

A ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deu início ao ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos (EUA), reforçou a dependência dos dados para definir os ajustes futuros nos juros.

Em setembro, o comitê do Federal Reserve (Fed) optou por cortar a taxa de referência em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 4,75% a 5% ao ano. Essa foi a primeira redução em mais de quatro anos, período em que o banco central norte-americano impôs condições restritivas para conter a inflação.

Após a decisão, o chair Jerome Powell fez questão de reforçar que o movimento mais hawkish foi resultado da recalibração da política monetária, dada a mudança no balanço de riscos. “Não quero que ninguém olhe para isso como um novo ritmo”, disse em entrevista coletiva.

Desde então, o mercado ficou dividido quanto aos próximos passos do Fomc. Na ata, divulgada nesta quarta-feira (9), os membros deixaram claro que concordam em “avaliar cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos” para tomar as decisões futuras.

“Os membros concordaram que, ao avaliar a postura apropriada da política monetária, eles continuariam a monitorar as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica. Eles estariam preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgissem riscos que pudessem impedir a obtenção das metas do Comitê”, afirmam.

Entre os dados monitorados, os diretores do comitê citam: as leituras sobre as condições do mercado de trabalho, as pressões inflacionárias e as expectativas de inflação, e os desenvolvimentos financeiros e internacionais.

Segundo a ata, se a economia se comportar conforme o esperado, “provavelmente será apropriado adotar uma postura mais neutra da política monetária ao longo do tempo”.

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Fed reforça que 0,50 p.p. não é novo ritmo

A ata da última reunião do Fomc revelou que a “maioria substancial” das autoridades apoiou o início da flexibilização da política monetária com um corte de 0,50 p.p. na taxa básica de juros, mas pareceu haver ainda mais concordância em não se tratar de um ritmo específico de cortes no futuro.

Os defensores do corte de 0,50 p.p. “destacaram que essa recalibração da postura da política monetária começaria a alinhá-la melhor com os indicadores recentes da inflação e do mercado de trabalho”, disse a ata.

Outros observaram que havia um “argumento plausível” para cortar os juros na reunião de julho e que os dados desde então só reforçaram o caso de uma política monetária mais flexível.

“Alguns” participantes, no entanto, apoiaram apenas um corte de 0,25 p.p., enquanto “alguns outros indicaram que poderiam ter apoiado tal decisão”.

*Com informações da Reuters