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‘Não sou o Itaú (ITUB4), sou muito melhor’, diz CFO do Banco do Brasil (BBAS3)

20 fev 2025, 11:33 - atualizado em 20 fev 2025, 11:44
Geovanne Tobias
"O banco é um ativo peculiar porque, ao mesmo tempo que contribui com o crescimento do país, contribui para valorização dos seus acionistas", afirmou Geovanne Tobias (Imagem: Linkedin)

O Banco do Brasil (BBAS3) é muito melhor do que o Itaú (ITUB4), entregando rentabilidade ao acionista, ao mesmo tempo que cumpre sua função social, afirmou o CFO, Geovanne Tobias, durante conferência com jornalistas.

“Não preciso convencer o analista porque cada analista tem a tese dele. Queria ver os bancos privados fazendo o que fazemos com um 1 terço da carteira de agro, atuando como nós atuamos. O banco é um ativo peculiar porque, ao mesmo tempo que contribui com o crescimento do país, contribui para valorização dos seus acionistas”, afirmou.

Itaú e Banco do Brasil disputam a preferência dos analistas. Apesar disso, o banco privado tem se sobressaído, sobretudo pelos maiores riscos do BB em relação à piora da inadimplência no agronegócio.

No quarto trimestre, o indicador acima de 90 dias encerrou dezembro/24 em 3,32%, influenciado, principalmente, pela elevação observada no segmento agro, linha que mostra deterioração desde o segundo trimestre.

Para se ter uma ideia, o índice de inadimplência do crédito agro apresentou elevação de 48 bps no trimestre, impactado por questões conjunturais que afetaram o fluxo de caixa do produtor rural.

O setor passa por uma crise de inadimplência com aumento de recuperações judicias, que registraram 295 pedidos no quarto trimestre, alta de 39% em relação ao mesmo trimestre de 2023, segundo dados da Monitor RGF.

Contudo, os executivos acreditam que o pior tenha passado.

“Com o crescimento previsto para a safra 2025, de safra recorde, (o BB) tende sim a melhorar bastante a qualidade da carteira (do agronegócio)”, afirmou a presidente-executiva, Tarciana Medeiros.

Ademais, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) perdeu força e caiu para 20,8%, queda de mais de um ponto em relação ao ano passado, quando estava em 22,5%.

A estatal encerra a safra de resultados dos bancões com o segundo maior ROE, atrás do Itaú (ITUB4), que finalizou o período com rentabilidade de 22%.

Por volta das 11h30, a ação caia 2,88%.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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