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Ethereum já queimou mais de US$ 1 bilhão em transações desde ativação da EIP-1559

15 set 2021, 14:12 - atualizado em 15 set 2021, 14:14
A “queima” de ethers consiste no envio de moedas para um endereço inacessível, a fim de que não sejam acessados novamente e deem um aspecto de escassez à segunda maior criptomoeda do mundo (Imagem: Unsplash/executium)

Desde que a atualização London foi implementada à rede Ethereum, no dia 5 de agosto, quase 300 ethers (ETH) foram queimados — equivalentes a mais de US$ 1 bilhão — de acordo com o painel de dados do The Block.

A atualização apresentou um novo mecanismo para a “queima” de taxas de transação, com o intuito de facilitar sua precificação. Para realizar uma transação na rede Ethereum, você paga uma taxa-base, que é queimada, e uma taxa de prioridade que serve como uma gorjeta ao minerador.

Como consequência, a taxa de inflação da Ethereum está diminuindo. Mineradores da rede produzem cerca de 13 mil ETH todos os dias — moedas dadas a eles como recompensas pela mineração —, mas o mecanismo de queima está atrapalhando essa produção.

Em alguns dias, a quantidade de ethers queimados supera a quantidade de ethers produzidos. Atualmente, a emissão líquida é de cerca de 6,8 mil ETH.

Parte do motivo pelo qual ethers estão sendo queimados é a predominância de altas taxas de transação na rede por conta da consistente demanda — junto com momentos de alta demanda, já que estamos em meio a uma alta emissão de tokens não fungíveis (NFTs).

O número de transações da Ethereum continua alto: 1,2 milhão de transações por dia.

Conforme soluções de segunda camada, como a Arbitrum, começam a ser lançadas, é possível que a sobrecarga do blockchain principal diminua — a menos que a atividade continue aumentando.

Neste momento, ether, a segunda maior criptomoeda do mundo, está precificada a US$ 3,5 mil.