Ethereum 2.0: Rede principal de testes deverá passar por “The Merge” em junho
A principal rede pública de testes da Ethereum (ETH) — Ropsten — deverá passar pelo “The Merge” (“a fusão”, em tradução livre) no início de junho, uma das preparações finais antes de o principal blockchain da Ethereum mudar seu mecanismo de consenso para “proof-of-stake” (PoS).
Parithosh Jayanthi, que trabalha como engenheiro de desenvolvimento e operações (DevOps) na Ethereum Foundation, inseriu o código de configuração para atualizar Ropsten em um “pull request” no GitHub, indicando que o código está pronto para ser implementado.
“The Merge” é a fase tão esperada da atualização Ethereum para se tornar um blockchain proof-of-stake. Atualmente, a rede usa o mecanismo de consenso “proof-of-work” (PoW), o mesmo da rede Bitcoin (BTC). É uma grande mudança para Ethereum, tanto que foi nomeada Ethereum 2.0.
A rede passou por diversos testes para confirmar se a mudança funcionaria, e a decisão de fazer isso na principal rede pública de testes da Ethereum é uma das etapas finais.
Quando se trata de testes, uma transição desse porte acontece em duas partes.
Primeiro, uma versão gênese da camada de consenso é criada, então a rede — neste caso, a rede de testes Ropsten — passa pelo “The Merge”. A primeira parte a transição acontecerá no dia 30 de maio, enquanto se espera que The Merge aconteça no dia 8 de junho.
“Fazer The Merge em Ropsten é um marco significativo em direção à fusão da rede principal da Ethereum no final deste ano”, disse Preston Van Loon, desenvolvedor da Ethereum na Prysmatic Labs, no Twitter.
Anthony Sassano, cofundador da EthHub, ferramenta de pesquisa na Ethereum, disse que Ropsten passar pelo The Merge é o estágio final antes de a fusão acontecer no blockchain principal da Ethereum.
Sassano estimou que “The Merge” poderá acontecer na rede principal em agosto, mas reforçou que esse é o palpite dele e que nenhuma data oficial foi apresentada.
Ethereum passou quase ilesa em teste em “shadow fork”
Em abril deste ano, desenvolvedores da Ethereum fizeram o primeiro grande teste da rede blockchain para sua versão 2.0.
Até então, desenvolvedores estavam testando a importante mudança em “testnets”, redes de teste que funcionam como clones do blockchain da Ethereum para fins de teste.
O teste conduzido no mês passado se difere dos demais, pois foi feito em uma versão da rede principal — “shadow fork” — a fim de verificar se o código funciona no blockchain real.
“Shadow forks oferecem um ambiente mais realista para testar, ao invés de lançar novas testnets, pois as redes de teste existentes já têm transações acontecendo de modo orgânico, além de um extenso registro de blocos, que coloca os nós sob maior pressão em comparação com novas testnets”, disse Tim Beiko, que lidera as reuniões do protocolo principal da Ethereum.
Outro objetivo desse tipo de fork era verificar se softwares de clientes usados para comandar nós da Ethereum conseguiam funcionar normalmente. Alguns dos softwares testados foram Nethermind, Besu, Geth e Erigon.
Segundo desenvolvedores da rede, o teste foi bem-sucedido em grande parte. Shadow fork conseguiu produzir blocos e finalizar transações usando somente o mecanismo proof-of-stake, embora Jayanthi tenha notado “pequenos problemas” nos softwares Nethermind e Besu.
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