Ethereum 2.0: Fase final da atualização é adiada para o terceiro trimestre

A fase final da Ethereum 2.0, chamada “The Merge”, foi adiada para o terceiro trimestre deste ano.

Segundo o Decrypt, ontem (12), Tim Beiko, desenvolvedor da Ethereum (ETH), disse no Twitter que a atualização “não será em junho, mas, provavelmente, nos meses seguintes”.

“Ainda não há data definida, mas estamos definitivamente no capítulo final de proof-of-work na Ethereum”, acrescentou.

Anteriormente em sua sequência de tuítes, Beiko alertou um usuário para não investir mais em equipamentos para mineração de ether.

Mudanças da Ethereum 2.0

A principal mudança proposta pela Ethereum 2.0 — termo aposentado pela Ethereum Foundation, mas ainda usado pela comunidade cripto — será a troca do mecanismo de consenso da rede.

Atualmente, a Ethereum usa o mecanismo proof-of-work (PoW), o mesmo da rede Bitcoin (BTC), mas passará a usar proof-of-stake (PoS) quando o processo for finalizado.

Leia também

Crypto Times

A espera acabou: Primeiro ETF de Solana (QSOL11) estreia na B3 nesta quinta (29)

Crypto Times

‘Cripto Conforme’: Governo brasileiro vai aumentar o controle de criptoativos

Ether é a segunda maior criptomoeda, com uma capitalização de US$ 369 bilhões. A rede serve também de base para o desenvolvimento de diversos outros setores ligados a blockchain, como tokens não fungíveis (NFTs), finanças descentralizadas (DeFi), metaverso, tokens ERC-20 e finanças ligadas a games (GameFi).

O adiamento da fase final da Ethereum 2.0 acontece dois dias depois de os desenvolvedores da rede conduzirem o primeiro teste realista para a atualização.

A equipe por trás da Ethereum criou um “shadow fork”, uma versão da rede principal, a fim de verificar se o código funcionaria no blockchain real. Nesse tipo de teste, alguns dos nós validadores se separam da rede principal e conduzem a atualização por conta própria.

“Shadow forks oferecem um ambiente mais realista para testar, ao invés de lançar novas testnets, pois as redes de teste existentes já têm transações acontecendo de modo orgânico, além de um extenso registro de blocos, que coloca os nós sob maior pressão em comparação com novas testnets”, disse Beiko.

Segundo desenvolvedores da rede Ethereum, o teste foi bem-sucedido em grande parte. Shadow fork conseguiu produzir blocos e finalizar transações usando somente o mecanismo proof-of-stake.

De acordo com Parithosh Jayanthi, engenheiro da rede, a equipe da Ethereum notou “pequenos problemas” em dois softwares de clientes: Nethermind e Besu.