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ETFs de bitcoin são necessários?

17 nov 2019, 11:00 - atualizado em 30 maio 2020, 16:48
O mercado de criptoativos precisa mesmo de um ETF de bitcoin? (Imagem: Shutterstock)

Um ETF (fundo negociado em bolsa) de bitcoin ainda não é uma realidade prevista para o público norte-americano.

Será que o mercado realmente precisa de um ETF de bitcoin? O que são os mecanismos por trás dos ETFs, como se difere dos outros tipos de fundos e quais são as implicações para os criptoativos?

Houve muitas propostas de um ETF de bitcoin nos Estados Unidos à SEC nos últimos três anos, mas, até agora, nenhuma foi aprovada.

A última proposta da Bitwise foi rejeitada porque seu ETF não protegia, adequadamente, os investidores da manipulação de mercado.

No entanto, também é importante que os investidores se eduquem sobre os mecanismos de produtos de negociação em bolsa, já que vêm com compromissos em relação ao ativo subjacente.

Além disso, os benefícios de criar um derivativo “de papel” de um criptoativo não foram muito discutidos além da promessa de mais liquidez.

No relatório da Brave New Coin, a estrutura dos ETPs (produtos negociados em bolsa) é analisada nos mercados tradicionais e de criptomoedas.

Também avaliam as implicações de um ETF de bitcoin, seus prós e contras, e se a criação de um derivativo de papel de um criptoativo realmente trará alguma utilidade especial para o bitcoin.

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O processo de criação de um ETF tradicional

(Traduzido a partir do fluxograma da Brave New Coin)

Os benefícios mais óbvios aos investidores varejistas são o investimento em criptoativos em conformidade com tributações e, talvez, a inclusão do plano de aposentadoria 401(k) — plano de poupança com impostos “adiado” para os empregados.

Além disso, para os investidores institucionais, pode fornecer alta liquidez necessária para sair e entrar sem precisar do mercado de balcão (OTC, na sigla em inglês).

A SEC está preocupada com os riscos para investidores varejistas por conta da possibilidade de manipulação de mercado e da falta de supervisão de mercado. Essas preocupações ainda têm que ser tratadas adequadamente por um patrocinador de ETF.

CVM quer que um ETF de bitcoin forneça mais do que liquidez aos investidores; quer que forneça proteção à manipulação de mercado (Imagem: Pixabay)

Essa é uma questão difícil de se resolver em função da distribuição jurisdicionais das corretoras de criptomoedas, que inibem a visibilidade das negociações que ocorrem nelas.

No entanto, no fim de outubro, no Canadá, a Comissão de Valores Mobiliários de Ontário (OSC, na sigla em inglês), permitiu que a 3iQ, gestora de fundos de criptomoedas, emitisse um prospecto para seu futuro ETF de bitcoin, mostrando que a contraparte do Canadá à SEC talvez aprove o primeiro ETF de bitcoin da América do Norte.