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ETFs de Bitcoin finalmente são aprovados, mas o que isso significa para o mundo e para o Brasil?

12 jan 2024, 18:06 - atualizado em 12 jan 2024, 18:06
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O que a aprovação dos ETFs de Bitcoin significa? (Imagem: EivindPedersen/Pixabay/Canva)

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, em inglês) aprovou na quarta-feira (10) ETFs (fundos de índices) à vista de Bitcoin (BTC). Mas o que isso significa e quais são os impactos para os investidores brasileiros?

A principal luta para a aprovação do ETF ocorreu porque, dessa forma, investir na criptomoeda tornou-se algo regulado e aberto para um público que antes não tinha acesso a ele. Além da opinião popular de que os criptoativos são perigosos, por conta de seu caráter volátil, investidores institucionais, como empresas, não se expunham a esse mercado.

O ETF é um fundo de investimentos que é atrelado a outro índice, nesse caso o do Bitcoin será o seu próprio desempenho ao longo do tempo. Dessa forma, o fundo poderá ser negociado como ação em bolsas de valores e a compra e venda de cotas poderá ser feita mais rapidamente.

De acordo com Bruno Corano, CEO e economista-chefe da Corano Capital NYC, “a expectativa gerada sobre a homologação da SEC para ETFs de Bitcoin destaca o aspecto financeiro, sugerindo que a aprovação visa impulsionar o mercado, essa autorização não confere segurança ao ativo, mantendo sua extrema volatilidade e risco elevado.

“É muito importante não confundir a aprovação regulatória com uma validação intrínseca, especialmente para investidores não profissionais”, completa.

Brasileiros também podem investir nos ETFs de Bitcoin. Para isso, é necessário ter uma conta internacional em exchanges que realizem o investimento em ETFs, também, é necessário trocar o real por dólar, pois eles são negociados pela moeda americana.

Entretanto, brasileiros podem realizar essas negociações desde 2021, por meio dos fundos de índices BITH11, da Hashdex, e QBTC11, da QR Asset. A diferença entre as negociações realizadas aqui e as feitas nos Estados Unidos (EUA) é que no Brasil é possível investir em cestas de criptoativos, opção que ainda não acontece nos EUA.

Para Bruno, há a expectativa de que o mercado brasileiro aumente sua demanda por criptomoedas, aliado a um aumento na confiança dos investidores.

A previsão de Marcelo Simon Ikeziri, head de Bancos, Serviços Financeiros, Mercado de Capitais e Ativos Digitais do escritório BVA – Barreto Veiga Advogados, também vai ao encontro da feita para Coran.

“Com a aprovação do ETF pela SEC, acredito que o volume de bitcoins negociados irá experimentar um incremento substancial – visto que haverá negociação efetiva do ativo”, completa.