ETFs de ações estrangeiras somam maior número de cotistas no Brasil; veja como investir em 2023

Os ETFs (Exchange-Traded Funds) são fundos de índices que facilitam a vida de quem está começando a investir ou está buscando diversificar substancialmente sua carteira de investimentos. Os números mostram que o brasileiro está cada vez mais interessado em ETFs de ações estrangeiras.

No final de 2022, havia 91 ETFs sendo negociados na bolsa brasileira, dos quais 80 eram fundos de índices e 11 eram ETFs de renda fixa.

E olhando para o número de cotistas, os fundos de índices focados em ações estrangeiras lideram o ranking, de acordo com a Economatica.

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Nos últimos cinco anos a quantidade de investidores que se tornaram cotistas desses ETFs tem crescido expressivamente, a uma taxa de cerca de 121% ao ano, saindo de 33,2 mil cotistas em dezembro de 2017 e chegando a 794,1 mil cotistas em dezembro do ano passado.

Dentre os 80 fundos de índice, o ETF com maior número de cotistas era o IVVB11, com 170,9 mil cotistas. Ele replica a performance do Índice S&P 500 — as 500 maiores empresas dos Estados Unidos —, em reais (R$).

Na mesma toada, o brasileiro também busca diversificar seus investimentos ao alocar em ações listadas na China por meio de ETFs. O Trent MSCI China (XINA11), gerido pela XP Vista Asset, terminou 2022 com 39,7 mil cotistas.

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Como investir em ETFs em 2023

Muitos investidores têm um dilema recorrente, entre esperar uma janela oportuna para comprar ativos dolarizados quando o dólar cai em relação ao real brasileiro ou simplesmente tomar a decisão de comprar fundos, BDRs (Recibos de ações empresas negociadas no exterior) ou outros instrumentos como ETFs para reduzir o risco da sua carteira e surfar altas da moeda americana.

Para João Daronco, analista de ações da Suno Research, independente da cotação, via de regra é importante manter uma parcela do seu patrimônio atrelada ao dólar, uma moeda forte.

“Não acho que o ano de 2023 será excecionalmente bom ou ruim para dolarizar o patrimônio. Entendo que a pessoa sempre precisa ter uma fatia em dólar. O principal é compreender o perfil de investidor, e aí sim você define algumas porcentagens da alocação da carteira. Mas mesmo assim, acho que todo mundo deveria ter um pouco [do patrimônio] em dólar”, analisa.

No caso dos ETFs de ações estrangeiras, eles podem ser adquiridos com facilidade pelo investidor dentro da própria B3 (B3SA3). Ou seja, é possível encontrar diversas opções dentro da sua corretora de preferência aqui no Brasil, comprando cotas em reais de ativos globalizados.