ETFs da BlackRock e Templeton ficam abalados por fuga de emergentes
A fuga de mercados emergentes no mês passado trouxe fortes perdas para fundos administrados por algumas das maiores empresas de investimento do mundo.
Dezenas de portfólios focados em países em desenvolvimento tiveram seus ativos sob gestão reduzidos em mais da metade no primeiro trimestre, segundo dados compilados pela Bloomberg. Fundos de índices administrados pela BlackRock, Franklin Templeton e UBS foram alguns dos maiores perdedores.
As perdas se estenderam a outras carteiras, incluindo um fundo do Ashmore carregado com títulos do Equador, Argentina e Líbano, bem como um fundo do Morgan Stanley, que acumulou ações do Kuwait, Vietnã e Quênia. As carteiras sul-coreanas também sofreram, respondendo por cerca de 25% da lista.
É um reflexo das consequências da pandemia de coronavírus e da guerra de preços do petróleo que provocaram uma fuga para ativos seguros no mês passado.
Investidores retiraram um recorde de US$ 83,3 bilhões de ações e títulos de mercados emergentes em março, e uma segunda onda de saídas de recursos pode estar a caminho à medida que investidores se voltam aos estragos causados pelo vírus nas perspectivas de crescimento de países em desenvolvimento, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais.
Porta-vozes da Franklin Templeton e Morgan Stanley não quiseram comentar, enquanto representantes da BlackRock, UBS e Ashmore não responderam aos pedidos de comentário.