ETF: Invista em commodities e tenha a chance de superar Ibovespa em 2022
Com apenas uma transação, os ETFs (Exchange Traded Funds) proporcionam o investimento em uma carteira diversificada de ativos. Esse tipo de investimento tem crescido exponencialmente entre os brasileiros, e já soma 493 mil investidores até novembro, ante 288 mil no início do ano.
Além da praticidade, muitos ETFs têm superado o desempenho do Ibovespa ao longo de 2021. É o caso do ETF BTG Pactual Teva Ações Commodities Brasil Fundo de Índice (CMDB11), que reúne 29 empresas brasileiras de commodities responsáveis por 97% das exportações do setor.
No acumulado de julho de 2016 até o último dia 15 de dezembro, o índice Teva Ações Commodities Brasil, replicado pelo ETF, acumulou alta de 288%, enquanto que o principal índice da Bolsa de Valores brasileira avançou 105,7% no mesmo período.
“Um índice baseado em empresas produtoras e exportadoras de commodities é uma forma inovadora de olhar um setor tão relevante da economia brasileira. São poucos países que comportam uma estratégia semelhante”, afirma Gabriel Verea, CEO da Teva Indices, em entrevista ao Money Times.
No acumulado do ano, o índice Teva Ações Commodities Brasil apresenta alta de 22,9%, enquanto que o Ibovespa (IBOV) amarga queda de 9,6% até o último dia 15.
O ETF lançado pelo BTG Pactual (BPAC11) já está disponível na B3 (B3SA3), com investimento mínimo de R$ 10 e a taxa de administração de 0,5% ao ano.
“Ao adquirir um ETF, o investidor não precisa se preocupar com a ação que vai ganhar ou perder no decorrer do tempo, pois está exposto ao setor de uma forma geral”, sintetiza .
Analisar empresa por empresa é uma tarefa árdua e a chance de se perder uma ação fora do radar (com maior potencial de ganhos) é alta, sobretudo aos investidores pessoa física, aponta Verea.
O que esperar das commodities em 2022?
Uma das principais vantagens ao se investir na tese de commodities é a redução do chamado risco-Brasil.
Ao Money Times, o analista Eduardo Miquelotti, do BTG Pactual Asset Management, explica que as companhias presentes no ETF contam com boa parte de suas receitas dolarizadas.
Em outras palavras, empresas ligadas à exportação dependem muito menos do crescimento interno do Brasil e estão mais sujeitas às perspectivas globais. O banco espera que a economia do mundo cresça entre 3,8% a 4% em 2022.
No último boletim Focus do ano, o mercado projeta que o Brasil experimente crescimento abaixo de 0,5% em 2022.
“O ETF agrupa o melhor dos dois mundos: empresas consistentes como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), junto com companhias que realizaram IPO, que têm ainda elevado potencial de crescimento”, acrescenta Miquelotti.
Apoiado na projeção de crescimento da economia global, encabeçada pela China (principal compradora de commodities brasileiras), o especialista está otimista com o minério de ferro, petróleo e o agronegócio.
A inflação, galopante observada em diversos países, incluindo os Estados Unidos, próxima de 6%, não afeta diretamente o desempenho das commodities, segundo a gestora do BTG, já que são bens de consumo de primeira necessidade.
Em contrapartida, setores como tecnologia e varejo serão mais suscetíveis à volatilidade dos mercados em 2022 diante da pressão inflacionária.
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