Eternit pede recuperação judicial e cita restrição sobre uso do amianto
A Eternit (ETER3) entrou com pedido de recuperação judicial junto à comarca de São Paulo, segundo documento divulgado nesta terça-feira (20) no qual cita o efeito da crise econômica no setor de construção civil e o processo judicial no STF sobre o uso do amianto.
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“Por ora, a atividade não foi proibida, mas o risco de que a proibição seja levada a efeito foi suficiente a causar grande impacto no Grupo Eternit. (…) Significativa parte da receita do grupo (25%) é proveniente do uso do amianto.”
De acordo com o texto publicado pela fabricante de materiais de construção, a Eternit possui “um Ebitda insuficiente para pagar” a dívida financeira superior a R$ 300 milhões.
Conforme explicado pela empresa, uma recuperação única de todo o Grupo Eternit, contemplando as sociedades controladas e, portanto, interligadas Sama, Precon Goiás, Tégula Soluções, Eternit da Amazônia e CSC, é o caminho para assegurar sua sobrevivência.
“O deferimento deste pedido de recuperação judicial é medida imprescindível para a preservação da empresa, da fonte de empregos e renda”, afirma.
De acordo com o documento, o grupo Eternit tem hoje cerca de 1.700 colaboradores diretos, oito fábricas, uma mineradora (amianto crisotila) e cinco filiais de vendas.