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Etanol supera pressão e espera altas futuras por oferta menor, mas precisa de apoio da gasolina

02 jul 2021, 14:54 - atualizado em 02 jul 2021, 14:54
Adecoagro Cana-de-açúcar Sucroenergia
Mais açúcar que etanol saindo da cana deve dar impulso a preços futuros do biocombustível (Imagem: Reprodução/Adecoagro)

Com duas quedas semanais seguidas na usina, acumulando 6,60%, o etanol hidratado deve sair estabilizado desta ou sob pequena fração de alta que terá mais servido para mostrar que houve resistência.

Esse é retorno da mesa da trading SCA, inclusive porque nas condições diárias das distribuidoras de Paulínia (SP), igualmente pelo retrato do Cepea, o biocombustível vem andando de lado, com elevações e dois últimos recuos, marginais.

Para o meio da próxima semana, ou a seguinte, o diretor Martinho Ono enxerga oportunidades melhores nas ofertas das indústrias.

O açúcar está vindo de ganhos expressivos, com o mercado precificando as geadas dos últimos dias, o que levará o mix de produção mais para essa direção. Nesta sexta, o adoçante caminha para fechar em torno de 18,20 centavos de dólar por libra-peso, com crescimento de 1,45%.

A dúvida é se haverá respaldo dos compradores para reajuste de oferta menor na origem, uma vez que o consumo ainda está acomodado.

A gasolina mais cara poderia se um ponto a favor, caso a Petrobras (PETR4) reveja seus preços.

Com defasagem de R$ 0,30 nesta sexta (2), de acordo com a Abicom (entidade dos importadores de combustíveis), ante o barril do petróleo acima de US$ 76, e o dólar de volta aos R$ 5, é o gatilho que os setores de biocombustíveis e de fóssil esperam.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.