Etanol: Nova política da Petrobras (PETR4) afeta agenda ambiental, diz analista
O mercado ainda tenta entender como a nova política da Petrobras (PETR4) deve funcionar após o fim da paridade de preço internacional (PPI), anunciada pela estatal nesta terça-feira (16).
A partir de agora, as referências de mercado serão o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras.
Na visão de Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a nova fórmula da estatal deve gerar um nó na cadeia do etanol. Para ele, além desse impacto, há um descompromisso ambiental com a medida imposta pela companhia.
“Na coletiva da Petrobras, ficou claro que a estatal quer apenas ganhar mercado. No entanto, essa competitividade deve acontecer com outros produtos, dando a entender que quando a empresa for vender gasolina, ela deve se voltar para os preços do etanol’, explica.
Segundo Rodrigues, a Petrobras pouco comentou sobre o papel de biocombustíveis, como o etanol, na futuro ambiental do Brasil.
“O uso do monopólio pela empresa prejudica a indústria do etanol no Brasil como um todo. Gostaria de saber a opinião da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre essa questão, porque a nova política de preços certamente afeta a agenda ambiental”.