Etanol na gasolina: Milho e soja ganham força na produção de biocombustíveis
Começou nesta quinta-feira (27), o Global Agribusiness Festival (GAFFFF), evento organizado pela Datagro, consultoria agrícola que atua em mais de 50 países, com apoio da XP Investimentos. O evento ocorre no Allianz Parque, em São Paulo.
No painel “Integração das agriculturas alimentar e energética”, Francisco Turra, presidente da Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil, Guilherme Nolasco, presidente executivo Unem (União Nacional do Etanol de Milho) e Ricardo Santin, presidente da ABPA, falaram sobre a importância da sinergia entre as produções.
O presidente da Unem destacou sobre como o Brasil tem uma verdadeira vocação na produção de alimentos e biocombustíveis, sem avançar em áreas de preservação.
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“A área plantada no Brasil não cresceu nos últimos cinco anos, mas a produtividade segue avançando. Isso mostra que podemos aumentar a mistura de etanol de gasolina para 30%, e estamos vendo o etanol de milho ganhando cada vez mais espaço na produção brasileira do biocombustível”, completa.
Ele também aponta para a intensificação sustentável da produção de proteína animal, com uma maior produção em menores áreas de pastagem.
Já Turra ressalta que o biodiesel, a partir da cadeia produtiva da soja, deve ser mais valorizado. As produções empregam 2,3 milhões de pessoas no Brasil
“Produzimos 1 bilhão de toneladas e vendemos para mais de 160 países. Somos o antídoto para combater as mudanças climáticas. Precisamos substituir os combustíveis fósseis, não há outro caminho. Os biocombustíveis têm tudo para alavancar nossa economia”, disse.
Até 2050, o mercado de biocombustíveis deve crescer até cinco vezes, com metade da produção global vindo da Ásia, Estados Unidos e Brasil, segundo Bain & Company.
Por fim, Santin, o presidente da ABPA, falou sobre a importância da circularidade na integração da agricultura alimentar e energética, a partir da produção de grãos que são destinados para ração animal e produção de biocombustíveis.
“Não há fronteiras para os alimentos, e devemos nos orgulhar de nossa capacidade e seguir costurando novos acordos”.