Etanol, mas o de milho, vai ser o pulo do gato da CerradinhoBio frente à concorrência
Os resultados do primeiro trimestre (abril-junho) da safra de cana 22/23 da CerradinhoBio devem mostrar, para os próximos, diferenciação positiva frente as demais usinas que apresentarem também balanços positivos no período, como foi o caso do grupo São Martinho (SMTO3) no segundo trimestre do ano comercial.
A companhia goiana de Chapadão do Céu é a maior integrada entre etanol de cana e de milho, e este segundo foi o grande impulsionador da produção de biocombustível no balanço do período.
A unidade de Maracaju (MS), Neomille, participou com 31,7% do total de 212 mil m³ do renovável, e, com os investimentos na fábrica se consolidando acima de 40% da capacidade, a produção dobrará até dezembro, conforme nota distribuída.
A vantagem da Cerradinho começa a partir daí.
Vai gerar mais etanol de milho, contra uma safra de cana que deve ficar abaixo ou empatada com a última setorialmente – inclusive a companhia moeu 6,8% a menos no 1T da safra -, e com mais matéria-prima contratada a preços menores diante da safrinha de inverno, a maior brasileira, saindo do forno.
Como já se vislumbra impacto da redução dos preços de comercialização do etanol nos resultados das empresas, especialmente a partir de agosto, ocasionada pelo ganho de competitividade da gasolina – hora pelo ICMS menor nos estados, hora pela queda do petróleo repassada pela Petrobras (PETR4) -, a CerradinhoBio terá compensação com a parte do biocombustível de milho.
E ainda tem o DDG, subproduto do processamento, destinado à ração de gado para ajudar no faturamento.
1T da safra
De abril a junho, a CerradinhoBio conquistou lucro líquido de R$ 148 milhões, 4% superior contra período do ciclo 21/22, e resultado operacional (Ebitda) crescendo 22,4%, totalizando R$ 308 milhões.
No guarda-chuva, a receita líquida projetou R$ 733 milhões, superior a 38,6%.