Biocombustível

Etanol deverá seguir firme contra excedente global de petróleo e dólar em queda

12 jul 2019, 11:58 - atualizado em 12 jul 2019, 12:14
Combustíveis leves mantêm margem de competitividade sobre gasolina (Imagem: Pixabay)

O excedente global em alta de petróleo e o dólar em baixa no Brasil, que amplia a margem positiva de importações, parecem que não deverão ser variáveis a tirarem a competitividade do etanol. O consumo empurrado por uma safra atual igualmente alcooleira, como a passada, e preços atraentes na bomba, garantem a flexibilidade do biocombustível.

A diferença para menor sobre a gasolina, em R$ 1,50, na média de São Paulo, é o retrato da folga, segundo Martinho Ono, CEO da SCA Trading. A paridade de preço ainda se mantém abaixo de 70%.

Só em maio, quando foram vendidos o recorde de mais de 2 bilhões/l, a Unica, que representa das usinas do Centro-Sul registrou 35,5% de participação do etanol hidratado na região ampliada.

Em junho as vendas somaram 1,8 bilhão/l, uma leve queda sobre maio porque teve um dia a menos e também porque no mês retrasado houveram 100 milhões/l vendidos mas que não foram ao mercado. “Foram para a reposição de estoques das distribuidoras e nos dutos”, explica Ono.

Outro ponto favorável ao momento do etanol: consumo elevado obrigando os agentes a ajustarem o disponível.

As vendas de etanol anidro, usado na mistura da gasolina, saiu o mês passado em 696 milhões/l.

De abril a junho, a avaliação da SCA é de que o mercado girou um volume incremental de 1,3 bilhão/l sobre o mesmo período de 2018.

“Já construímos um mercado consumidor de aproximadamente 2 bilhões de litros mensais, portanto a competitividade vai sendo cada vez mais assegurada.

Petróleo e Londres

A Agência Internacional de Energia (AIE) avalia aumento dos estoques mundiais, com ganhos da produção dos Estados Unidos, enquanto que mantida a produção dos países produtores da Opep em 30 milhões de barris/dia, a oferta seguirá superior à demanda.

Tanto que os incidentes recentes no Estreito de Ormuz, entre Grã-Bretanha e Irã, não deram margem para a alta do petróleo.

Agora, por volta das 11h45 de Brasília, o barril do Brent vem com alta residual na entrega de setembro, de 38 pontos, a US$ 66,90, enquanto agosto fechou em estabilidade e o julho para baixo dos US$ 65,00.

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