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Etanol: Apesar do mix ‘doce’, demanda deve crescer em 2024, de olho em ICMS e Petrobras (PETR4)

08 jan 2024, 16:41 - atualizado em 08 jan 2024, 16:49
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A partir da maximização para o açúcar, as usinas vão produzir etanol de acordo com a demanda pelo biocombustível; confira (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)

O ano de 2024, assim como o que passou, deve ser marcado por um mix mais voltado ao açúcar frente ao etanol, na avaliação da StoneX.

“O mercado do açúcar em 2024 estará muito atento às safras globais (produção na Índia e Tailândia), mesmo com o Centro-Sul mantendo o foco da atenção, já que 2023 foi um ano muito bom, com recorde de moagem na safra 23/24 da região, o que levou a um recorde na produção de açúcar, com as usinas maximizando o mix açucareiro, o que não deve ser diferente de 2024”, explica Marcelo Di Bonifácio, analista da empresa.

Para a consultoria, o primeiro trimestre será focado no desenrolar das safras globais, enquanto o segundo trimestre se volta mais para o Centro-Sul, após a entressafra da cana-de-açúcar.

O ano passado foi de recorde nas exportações de açúcar, com mais de 31 milhões de toneladas, com expectativa para um novo recorde em 2024.

O cenário para o etanol

Para o etanol, o cenário é diferente. “A paridade em São Paulo fechou a semana passada em 59,6% e isso deve mais que puxar a demanda pelo combustível. Com isso, deve ser um ano de 2024 com uma forte demanda nas bombas, por essa paridade baixa”, analisa.

Por outro lado, em virtude da maximização para o açúcar, as usinas vão produzir etanol de acordo com a demanda pelo biocombustível, já que construir mais estoque não é tão interessante em função dos menores preços.

“Pensando no aumento do ICMS na gasolina, isso deve trazer mais demanda para o etanol. Ainda não é possível prever novos reajustes pela Petrobras (PETR4), já que a estatal está muito cautelosa, observando também a demanda pelo hidratado aquecida, sem muitos indícios de que vai mexer no preço da gasolina por enquanto, ainda que haja uma margem de R$ 0,20 para reajustar os valores”.

Por fim, fora estes fatores mercadológicos, não há fatores políticos no momento que justifiquem um reajuste. “O aumento do ICMS em fevereiro (12,5% para gasolina, diesel e gás de cozinha) pode vir acompanhado no preço da gasolina pela Petrobras, algo que o mercado projeta, mas não é algo que seja possível afirmar”, conclui.

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