Estudo indica que as mulheres levam desvantagem em suas vidas com menor renda e conhecimento financeiro
De acordo com artigo de pesquisadores da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), publicado no International Journal of Consumer Studies, as mulheres apresentam desvantagens em suas vidas, como menor renda, desconhecimento financeiro, trajetória de trabalho irregular e empregos de qualidade inferior.
As atividades de cuidar da casa e dos filhos é um dos fatores que prejudicam o bem-estar financeiro das mulheres.
Por outro lado, uma pesquisa da Sophia Mind apontou que 75% das mulheres no estudo colaboram com as despesas da casa e ainda são gestoras do orçamento.
A maioria das mulheres é responsável pelas compras domésticas. Apesar disso, quase 50% delas afirmaram que não conseguem poupar no final do mês. Quando investem, optam por opções seguras como previdência ou imóveis, além de renda fixa e poupança.
Com a chegada da pandemia, as mulheres foram mais prejudicadas. Uma pesquisa da McKinsey apontou que o risco de perder o emprego foi 80% maior entre as mulheres em comparação aos homens durante a crise sanitária.
O isolamento social também fez com que as mulheres tivessem de se dedicar ainda mais aos afazeres do lar. Muitos homens acabam focando somente no lado profissional e deixam de ajudar em casa, prejudicando as mulheres.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras dedicam 21 horas semanais à família, entre cuidados com a casa, filhos e marido. Os homens, por outro lado, apenas 11 horas.
Há diversas alternativas para que as mulheres voltem ao mercado de trabalho, como estudar de casa, para que possam se reinserir, fazendo, por exemplo, contabilidade EAD ou outro curso que tenha vontade e aptidão.
O nível de escolaridade está diretamente ligado ao aumento de oportunidades no mercado de trabalho. Por conta disso, os obstáculos para mulheres com rendas menores são maiores, já que estão econômica e geograficamente distantes dos postos de trabalho.
Nos últimos anos, contudo, as mulheres têm cada vez mais conquistado seu lugar em áreas antes consideradas masculinas. Na aviação, por exemplo, as mulheres não estão atuando mais somente como comissárias de bordo – elas são agora pilotas e copilotas.