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Estudo da Mayo Clinic mostra eficácia de vacinas em mundo real

18 fev 2021, 17:51 - atualizado em 18 fev 2021, 17:51
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As taxas de infecção de Covid foram quase 89% mais baixas em pessoas que receberam as duas doses das vacinas (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Dois meses depois que as primeiras vacinas contra a Covid-19 foram autorizadas nos Estados Unidos, a eficácia dos imunizantes tem funcionado no mundo real, segundo estudo com mais de 31 mil pessoas vacinadas em quatro estados.

O relatório, um dos primeiros estudos em grande escala para avaliar o desempenho das vacinas na prática, usou um software de inteligência artificial para examinar os registros médicos dos primeiros receptores de vacinas em unidades da Mayo Clinic.

As descobertas são importantes porque a eficácia das vacinas e de medicamentos no mundo real frequentemente difere do que é visto no ambiente cuidadosamente controlado de ensaios clínicos experimentais.

As taxas de infecção de Covid foram quase 89% mais baixas em pessoas que receberam as duas doses das vacinas da Moderna ou da PfizerBioNTech, começando 36 dias após a primeira injeção.

Isso se compara a um grupo de controle semelhante de pessoas demograficamente semelhantes que viviam nos mesmos códigos postais, mas que ainda não estavam imunizadas.

Aquelas com diagnóstico de Covid-19 tinham 60% menos probabilidade de serem hospitalizadas se tivessem sido vacinadas, concluiu o estudo.

“É muito reconfortante observarmos um alto nível de atividade”, disse o coautor Andrew Badley, especialista em doenças infecciosas da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota. “A eficácia é essencialmente inalterada em relação ao que vimos nos ensaios clínicos.”

O estudo envolvendo principalmente profissionais de saúde e residentes sob cuidados de longo prazo de casas de repouso não foi publicado, mas foi postado sem revisão independente das conclusões no OSF Preprints na quarta-feira. No entanto, oferece uma indicação do que esperar à medida que as vacinações ganham força, com mais de 56,1 milhões de doses administradas nos Estados Unidos e 181 milhões em todo o mundo, de acordo com o rastreador de vacinas da Bloomberg.