Estresse financeiro: especialista Victor Lourenço indica como planejar o orçamento

Se dinheiro não define felicidade, a falta dele, no entanto, pode estar ligada à irritação, desassossego e muita frustração. Em outras palavras, condições típicas de estresse financeiro.

Pesquisa da Provu, fintech de meios de pagamento e crédito pessoal, aponta que 93,8% dos brasileiros já sofreram de estresse financeiro, um tipo de perturbação associada à relação com o dinheiro.

Como consequência, 59,8% das pessoas afirmam ter tido alguma enfermidade provocada pelo alto nível de estresse relacionado à preocupação excessiva ou à falta de recursos financeiros.

O levantamento indica que o principal fator do estresse financeiro são as dívidas (61%). A dificuldade em pagar as contas em dia aparece bastante à frente das despesas inesperadas (16,9%), quesito que fica em segundo lugar na lista de preocupações.

Também são apontados como fatores estressantes o desemprego (6,5%), golpes financeiros (3,6%), ter alguém próximo precisando de dinheiro (3%), não conseguir juntar recursos ou investir (2,9%), receber menos do que considera justo (2,6%), investimentos mal planejados (2,1%) e consumo excessivo (1%).

“O cerne do problema é que não recebemos educação financeira durante a nossa formação como cidadão”, avalia Victor Lourenço, especialista em finanças e investimentos.

Segundo Lourenço, pesquisas como a da Provu reforçam a necessidade de as pessoas aprenderem a fazer um planejamento financeiro.

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“Ficar endividado, inadimplente e negativado, que já é uma situação muito ruim, não reflete todo o problema. O estresse financeiro é real e traz consequências para a saúde física e mental. A pessoa não consegue trabalhar direito, se relacionar bem com os outros e, muitas vezes, se fecha com vergonha do que está vivendo”, diz o especialista.

Diante disso, Victor Lourenço, que também ministra cursos de finanças na internet, recomenda que as pessoas adotem modelos simples de planejamento orçamentário, destacando as receitas e as despesas.

“É importante tirar um tempinho para avaliar toda a sua situação financeira. A regra básica é fazer os gastos caberem dentro do salário. Em seguida, negociar e quitar as dívidas”, sugere.

“Vale mais a pena viver dentro de um orçamento equilibrado do que passar dias e dias se estressando por dinheiro”, complementa o especialista.