Commodities

Estrategistas de ouro não descartam riscos por eleição nos EUA

07 out 2020, 8:55 - atualizado em 07 out 2020, 8:55
Ouro
O ouro, que subiu 30% nos primeiros oito meses de 2020 (Imagem: REUTERS/Michael Dalder/File Photo)

Investidores do mercado acionário estão mais otimistas, pois veem a crescente vantagem de Joe Biden nas pesquisas como uma menor probabilidade de que o resultado das eleições presidenciais nos EUA seja contestado. Mas outros dizem que é muito cedo para descartar turbulências e que o ouro pode se beneficiar dessa incerteza.

Temores diminuíram nesta semana de que a eleição não terá um claro vencedor, e operadores apontam para pesquisas que sinalizam uma vantagem mais ampla para o candidato democrata.

A possibilidade de um resultado apertado e desordem após as eleições agitaram os mercados nas últimas semanas, ao mesmo tempo em que aumentavam apostas em ativos considerados seguros, como o ouro.

Estrategistas de empresas como State Street Global Advisors e Invesco dizem que a retórica acalorada e as preocupações ainda presentes sobre a possibilidade de uma batalha prolongada sobre o resultado das eleições devem revigorar a demanda pelo metal precioso após a estagnação do rali no mês passado.

Preocupações com a saúde do presidente Donald Trump após seu teste positivo para Covid-19 também aumentam a incerteza.

“Apesar de algumas pesquisas indicarem que a vantagem de Biden está aumentando, não presumo que o risco de uma eleição contestada tenha caído, embora saiba que é isso o que muitos estão concluindo”, disse Kristina Hooper, estrategista-chefe de mercado global da Invesco Advisers, que administra US$ 1,1 trilhão para clientes. “Muita coisa pode acontecer entre agora e a eleição, e acredito que o ouro pode se beneficiar disso.”

O presidente dos EUA, Donald Trump
Preocupações com a saúde do presidente Donald Trump após seu teste positivo para Covid-19 também aumentam a incerteza (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

O ouro, que subiu 30% nos primeiros oito meses de 2020, perdeu força em setembro, com queda pelo segundo mês em meio à valorização do dólar.

Apesar dos sinais na semana passada de que a demanda começava a se recuperar – os preços registraram o maior ganho desde agosto com as perspectivas de estímulo nos EUA -, as cotações mostram mais instabilidade nesta semana.

Riscos subestimados

Os riscos em torno da eleições podem “estar subestimados pelos mercados de metais preciosos”, de acordo com o Citigroup.

O banco disse no final de setembro que essas preocupações poderiam ajudar o ouro a bater recorde no fim do ano. Ouro à vista atingiu máxima histórica de US$ 2.075,47 a onça em agosto.

“O ouro prospera com a incerteza: nunca tivemos uma eleição em minha experiência nos Estados Unidos que fosse tão incerta quanto esta, e um ambiente político tão incerto como este”, disse George Milling-Stanley, estrategista-chefe de ouro da State Street Global Advisors, agente de marketing do SPDR Gold Shares, o maior fundo de índice atrelado ao metal precioso.

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