Estrada da recuperação do Brasil é esburacada, mas com tráfego livre
Não existe recuperação sem volatilidade. É assim que os analistas do Morgan Stanley respondem aos questionamentos sobre a saúde da retomada econômica no Brasil. Eles continuam com perspectiva positiva para o crescimento do país.
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A melhora no mercado de trabalho, a continuidade da queda nos juros e o menor endividamento das famílias fundamentam o otimismo do banco americano.
“A recuperação está no caminho certo e mais solavancos na estrada não devem surpreender ninguém”, avalia a instituição financeira, em nota a clientes.
Nos últimos dias, novos dados sugeriram fraqueza no ritmo de recuperação. Após dois meses seguidos de crescimento, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,38% na passagem de julho para agosto. E o volume de vendas do comércio varejista avançou 3,6% em agosto na comparação com o mesmo mês em 2016, abaixo da expectativa de salto de 4,4%.
Especificamente sobre as vendas do varejo, o Morgan Stanley lembra que houve mudanças de metodologia realizadas de janeiro em diante, prejudicando a base de comparação anual.
Apetite por Brasil
Nesta sexta-feira (20), o risco-país do Brasil recuou e atingiu sua mínima em 2017. Segundo a Bloomberg, o CDS de cinco anos chegou a ser negociado a 170,836 pontos. O Credit Default Swap é uma espécie de seguro contra o calote de dívidas públicas ou privadas. Quanto maior a pontuação, maior é o risco atribuído ao tomador de recursos.